Crédito: Jailton Garcia/Contraf-CUT
A Contraf-CUT entregou nesta quinta-feira 20 ao presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, a pauta específica de reivindicações aprovada no 21º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, que tem entre as prioridades a jornada de 6 horas para todos e a implementação de um novo Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) que tenha como piso o valor de R$ 2.157,88. As reivindicações econômicas e sociais da Campanha Nacional 2010 que dizem respeito a toda a categoria bancária (como reajuste, emprego, PLR, fim das metas abusivas e do assédio moral) serão negociadas na mesa da Fenaban, que representa todos os bancos.
"Houve avanços nas negociações sobre algumas de nossas reivindicações específicas, como o Plano Odontológico e o Comitê de Ética, mas há outros temas importantes que precisam ser concluídos o mais rápido possível, como o PCCS, a jornada de seis horas para todos e o fim da lateralidade e dos desvios de função", cobrou Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
A minuta específica do BB foi entregue um dia depois de o banco anunciar a implementação do plano odontológico aos funcionários, uma conquista da campanha e da greve de 2008.
‘Assédio moral é resultado do modelo de gestão’
A Contraf-CUT também cobrou do presidente Aldemir Bendine maior protagonismo do BB para um desfecho nas negociações da Campanha Nacional 2010 com a Fenaban e um maior empenho para acabar com as metas abusivas e com o assédio moral no Banco do Brasil.
"A pesquisa nacional que acabamos de fazer mostra que de cada dez bancários oito reclamam que o assédio moral e as metas abusivas são hoje os principais problemas que os trabalhadores enfrentam nos locais de trabalho. E no BB é onde há as maiores reclamações", afirmou Carlos Cordeiro. "Está claro que esse tipo de violência organizacional não é um problema de um ou outro gestor, mas é resultado do modelo de gestão dos bancos."
Participaram ainda da reunião de entrega da minuta específica ao BB o secretário-geral da Contraf-CUT, Marcel Barros, a presidente do Sindicato de São Paulo, Juvândia Moreira, e todos os integrantes da Comissão de Empresa dos Funcionários. Pelo banco, além de Bendine estiveram presentes o vice-presidente de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Sustentável, Robson Rocha, e toda a comissão de negociação do BB.
As reivindicações específicas
A minuta de reivindicações entregue nesta quinta-feira 20 foi aprovada pelo 21º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, realizado de 28 a 30 de maio, em São Paulo. As principais são as seguintes:
– Adotar a jornada de 6 horas para todos, sem redução de salários.
– Licença-prêmio para os pós-98.
– Fim da lateralidade e dos desvios de função com a volta das substituições para todos os cargos.
– Continuar a negociação sobre a Gratificação Variável e VCPi dos incorporados do Banco Nossa Caixa.
– Efetivação de todos os caixas substitutos.
– Garantia da comissão para os afastados por licença saúde e licença maternidade, independente do tempo do afastamento garantindo os benefícios de vale refeição e alimentação.
– Eleição de representante dos funcionários para o Conselho de Administração.
– Combate à terceirização no serviço bancário.
– Fim do correspondente bancário.
– PCCS com melhoria do piso da carreira, fim dos descomissionamentos por GDC e crescimento horizontal na função, entre outros.
Fonte: Contraf-CUT