A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam o debate da mesa específica com o BB nesta segunda-feira (23), em Brasília. Na pauta da reunião estará a saúde e a previdência dos bancários egressos de bancos incorporados pelo BB.

As entidades reivindicam que o BB possibilite o direito dos trabalhadores oriundos do BESC, Nossa Caixa e BEP de se filiarem à Cassi e à Previ. "O movimento sindical cobra a extensão desses direitos. O banco não pode diferenciar seus funcionários. Todos os trabalhadores, incorporados ao quadro do BB, devem ter o mesmo tratamento, com direitos e benefícios iguais", afirma Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, órgão que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.

Jornada de 6 horas para todos

Durante a retomada dos debates nas mesas temáticas, no último dia 23 de novembro, as entidades sindicais encaminharam propostas relativas à jornada de 6 horas e planos de carreira, além de buscar definir um calendário de debates com encerramento até março de 2012. Na ocasião, o banco se comprometeu em analisar as críticas e ponderações do movimento sindical e apresentar uma solução ao menos parcial sobre jornada de 6 horas.

A Comissão de Empresa apresentou à direção do BB um relatório sobre as ações judiciais movidas em todas as bases sindicais do país, requerendo o pagamento das 7ª e 8ª horas, as de protesto de interrupção de prescrição e as de cumprimento da jornada e seus impactos sobre o passivo trabalhista do banco.

"Fizemos um relato histórico da conquista do direito à jornada especial e as constantes tentativas de descumprimento da lei. Com dados sobre as ações judiciais, expusemos os riscos que o banco sofre ao não resolver a situação e apontamos a necessidade de não se fazer um novo plano de comissões que apresente erros cometidos no passado. A luta pelo cumprimento da jornada de 6 horas no BB avança para um novo estágio. O movimento sindical já explicitou a reivindicação dos trabalhadores e espera uma solução da empresa", ressalta Araújo.

Em setembro do ano passado, na Campanha Nacional dos Bancários, um diretor do BB se comprometeu em resolver o problema da jornada de 6 horas por meio de um comunicado exibido no sistema interno de comunicação do banco. Contudo, na mesa, o banco se recusava a negociar.

Depois das mobilizações ocorridas durante todo o ano de 2011 e com a força da greve, o banco aceitou fazer o debate antes de tomar qualquer decisão.

Em contato com a diretoria do BB, na última semana, a Contraf-CUT e o banco concordaram que, em relação à jornada e PCR, não há mais necessidade de discussões, mas sim de negociações de fato, uma vez que as partes já estão esclarecidas sobre todas as reivindicações e as considerações conceituais.

A Contraf-CUT continua aguardando o posicionamento da direção do BB em relação à 7ª e 8ª horas. À época, o banco informou que estava concluindo estudo sobre o tema. Até agora, nada foi apresentado ou decidido.

"É importante que o banco resolva essa questão o mais rápido possível. A jornada de 6 horas é um direito que precisa ser cumprido pelo BB. Com o apoio dos sindicatos, os bancários não desistirão de lutar por esse direito que já foi conquistado", observa Araújo.

PCR

Os debates com o banco sobre o PCR ficaram em torno das questões como o percentual de interstícios da carreira de antiguidade, a inclusão da pontuação dos caixas e dos congelados (B-0) e a aceleração da progressão na carreira de mérito com alteração no prazo de promoção de cada um dos quatro grupos de pontuação.

A coordenação da Comissão de Empresa solicitou do BB dados detalhados sobre as comissões praticadas e a quantidade de funcionários em cargos de carreira no PCR para subsidiar o movimento sindical nos debates futuros. "Esperamos que na negociação, em data ainda a ser agendada, o banco apresente os dados detalhados para que possamos avançar nos debates", destaca Eduardo Araújo.

A Contraf-CUT solicitou que os representantes do banco façam uma apresentação o mais breve possível sobre o "Novo Sinergia" e as relações com o Banco Postal.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

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