Este foi o terceiro encontro mediado pela Procuradoria Geral do Trabalho – A Contraf-CUT participou, nesta quinta-feira (2), da terceira audiência de mediação relacionada a reestruturação do Banco do Brasil, na sede da Procuradoria Geral do Trabalho, em Brasília.
Além da Contrraf-CUT, estavam presentes representantes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Fetrafi-MG, Fetec-SP, Fetec-SC, Fetec-PR, Fetec-CN, Feeb SP-MS, Feeb BA-SE, Fetraf RJ-ES e Fetrafi-RS.
Conforme cobrado pela Confederação na última audiência, realizada em 7 de fevereiro, o Banco do Brasil apresentou um mapa das perdas salariais dos realocados. Ainda de acordo com o documento, o banco criou o conceito de grupo de funções para facilitar a realocação dos funcionários. Com isso, mais 522 trabalhadores foram realocados em grupos de funções com valores inferiores. Sobre o VCP parcial, quando o funcionário foi para uma comissão menor, já totaliza 1243. Desde o início do processo de reestruturação do BB, anunciado no final do ano passado, 1313 funcionários foram realocados. Em maio será realizado nova avaliação.
Carlos de Souza, secretário-geral da Contraf-CUT, solicitou os números por estado, e mais qualificado, pois se tem notícia de que vários funcionários perderam até 50% de gratificação. O BB disse que vai discutir o pedido internamente.
Em relação aos caixas, o Banco do Brasil informou que após negociação com a Contraf-CUT, houve alteração na data de retirada de gratificação dos caixas executivos para 31 de maio. A medida iguala aos caixas aos demais que já recebem o VCP. Já foram realocados 411 caixas, de um total de 1100. Atualmente, 689 ainda precisam ser realocados.
Carlos de Souza afirmou que as negociações estão aquém do esperado, mas reconhece que houve avanços importantes. “A nossa reivindicação principal era de que não houvesse reestruturação. Mas, já que ela existe, e o banco afirma que vai conseguir realocar as pessoas nas suas funções, queremos que o banco pague os salários das pessoas até que o processo seja concluído. Nossa prioridade é o tratamento isonômico, para todos que estão envolvidos nessa reestruturação, como caixas e outros comissionados. OU seja, que o tempo de VCP seja o mesmo para todos. Vamos cobrar isso na próxima audiência com o Ministério Público.”
A Confederação voltou a cobrar o tratamento dos caixas com isonomia, já que eles recebem comissão, e a solução para situação dos substitutos dos caixas, que trabalham praticamente todos os dias nessa função. Pelo antigo acordo coletivo, quem estivesse substituindo há mais de três meses deveria ser nomeado caixa.
O BB disse que precisa reavaliar a situação, já que novos dados precisam ser produzidos. O tema será pauta de uma nova reunião entre banco e Contraf-CUT, marcada para o dia 30 de março.
A Contraf-CUT cobrou mais transparência para o critério de comissionamento e descomissionamento, como lembrou o Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. “Nós vamos continuar negociando, para garantir que nenhum trabalhador saia prejudicado.”
Uma nova audiência foi marcada para o dia 2 de maio, na sede da Procuradoria Geral do Trabalho, em Brasília.