Os bancos no Brasil nos últimos anos vêm adotando como plano de negócios a intensificação da venda de produtos e serviços a clientes. Para transformar o ambiente interno das agências neste novo espaço de negócios, os bancos têm expulsado justamente os clientes de menor renda. Uma das táticas usadas é a diminuição de funcionários do atendimento, o que precariza o serviço.
"Este procedimento, não só causa diversos constrangimentos para os bancários e clientes, mas acaba acarretando mau atendimento e uma imensa sobrecarga de trabalho e estresse aos bancários", afirma o documento.
Mais bancários
Hoje existem diversas orientações estaduais e municipais sobre o assunto, muitas vezes divergentes. "Queremos registrar que apoiamos estas medidas, mas se a mesma não vier acompanhada da exigência que as agências aumentem seus efetivos para garantir o atendimento de qualidade, a providência não surte efeito esperado", defende a Contraf-CUT no documento.
De acordo com o deputado Loureiro, o objetivo da audiência é contribuir para a "construção de uma Política Nacional de Relações de Consumo em atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito a sua dignidade, saúde, segurança, proteção dos seus interesses econômicos e da melhoria da sua qualidade de vida".
O parlamentar catarinense afirma ainda em seu requerimento que, desde a edição do Código de Defesa do Consumidor, é reconhecida a vulnerabilidade dos clientes das instituições bancárias. "Se anualmente os bancos batem recordes nos lucros, é verdade também que vêm piorando o relacionamento com os clientes, principalmente os de baixa renda, aposentados e assalariados. O mesmo não ocorre com os clientes de melhor renda que dispõem de todos os mecanismos para evitar fila bancária".
Entre os convidados estão representantes do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Fórum Nacional dos Procons; Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor (MPCON), Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (Brasilcon) e Procon.
Fonte: Contraf-CUT