"Acreditamos na integração entre os ramos e a CUT, seja em nível local, regional e nacional, para a criação de uma política nacional de formação sindical. Por isso, conclamamos os demais ramos a participar mais ativamente da discussão e implementação dessa política", afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e representante da entidade na reunião do Conafor. "Este evento representa um forte impulso nesse sentido. Precisamos interagir enquanto setor econômico, enquanto Ramo, pois a sociedade está organizada em corporações, mas nunca podemos perder a perspectiva de classe, nossos princípios, valores e concepções. É isso o que faz a diferença da ação cutista na base", ressaltou.
Segundo divulgado pela CUT, o Plano Nacional de Formação atenderá até julho – data em que completa doze meses de execução – 7.195 dirigentes nos diferentes programas: Organização e Representação Sindical (ORSB), Formação de Formadores (FF), Formação sobre Desenvolvimento, Políticas Públicas e Ação Regional (DPPAR), Formação em Negociação e Contratação Coletiva (NCC) e Formação em Gestão Sindical (GS). O conteúdo dos programas inclui a abordagem da concepção, estrutura e prática sindical, formas de representação de base, negociação coletiva nos locais de trabalho, desenvolvimento sustentável, democratização do Estado, além de um processo de capacitação de dirigentes e formadores das Estaduais e Ramos para a execução e gestão pedagógica do Plano Nacional de Formação (PNF).
Além disso, esclarece José Celestino Lourenço (Tino), secretário nacional de Formação da CUT, os estados estão defendendo a necessidade de ampliar o número de turmas e dirigentes, assim como a Executiva Nacional aprovou novas prioridades, como os cursos de Formação em Comunicação e Política Internacional, o que aponta para um fortalecimento da CUT dentro da nova realidade do movimento sindical brasileiro e mundial. "Neste contexto, a formação é cada vez mais estratégica para compreender e atuar neste cenário, garantindo que fortaleçamos a qualidade da nossa intervenção, essencial para ampliar a nossa representatividade", declarou.
De acordo com Tino, "se somos a maior central sindical brasileira e a quinta maior do mundo é porque, desde o nascedouro da CUT, temos o entendimento de que é essencial a integralidade das políticas da Central para o atendimento da estratégia global de atuação. Portanto, cada vez mais se busca uma organicidade da política de formação para que os eixos estratégicos da CUT se articulem e se potencializem". Daí, ressaltou, "a necessidade de maior envolvimento do conjunto das Secretarias, como a de Comunicação e Política Internacional, como estamos acertando agora, mas também com a Organização e de Relações do Trabalho, com a da Mulher e de Combate ao Racismo, para que os conteúdos desenvolvidos por nossos programas de formação tenham relação intrínseca com todas as políticas. Afinal, é preciso considerar o conjunto das questões, seja de gênero, racial, de geração, orientação sexual. Quanto mais coletivizarmos, melhor. Mais resultados e alcance terá a nossa política".
Fonte: Contraf-CUT, com CUT