Em conjunto com as federações sindicais internacionais, a Contraf-CUT realiza ato no dia 15 de fevereiro, em frente ao consulado geral do México em São Paulo, para marcar o dia de Ação Internacional em Solidariedade ao movimento sindical mexicano e às famílias das vítimas da tragédia da explosão da mina de carvão da Pasta de Concho, ocorrida em 2006 naquele país latino-americano.

A explosão na mina carvão situada no estado de Coahuila soterrou 65 trabalhadores no dia 10 de fevereiro de 2006. Ao contrário do que aconteceu no ano passado na mina de San José, no Chile, quando o governo chileno conseguiu resgatar os 33 mineiros soterrados 69 dias depois do desabamento, no México as autoridades governamentais abandonaram as buscas dos corpos, do quais 63 continuam soterrados cinco anos depois.

Além disso, o governo mexicano não investigou as causas da explosão, não acionou judicialmente as empresas responsáveis e nem indenizou as famílias das vítimas. Em vez de prestar ajuda aos familiares dos mineiros mortos, o governo do México intensificou a perseguição e os ataques ao Sindicato dos Mineiros do país, que desde 2006 vem exigindo justiça pelo "homicídio industrial" de Pasta de Conchos e pelo resgate dos corpos dos 63 trabalhadores.

Respeito aos direitos humanos

Em reunião do Conselho de Enlaces Brasil-UNI Américas realizada no dia 27 de janeiro, em São Paulo, as entidades sindicais filiadas à UNI-Sindicato Global no Brasil decidiram aderir à Ação Internacional em Solidariedade aos trabalhadores mexicanos, lançada pelas federações sindicais mundiais UNI (serviços), Icem (químicos), Fitim (metalúrgicos) e Fitt (transportes).

As entidades sindicais brasileiras, entre elas a Contraf-CUT (filiada à UNI), convocaram o ato para o dia 15 de fevereiro em frente ao consulado geral do México em São Paulo, que fica na rua Holanda, 274, Jardim Europa. Também estão apoiando a manifestação no Brasil a CSA (Confederação Sindical das Américas) e a ISP (Internacional de Serviços Públicos).

"Os ataques aos sindicatos de mineiros e o desrespeito que os familiares das vítimas sofrem no México não podem cair no esquecimento. Exigimos o resgate dos corpos dos 63 trabalhadores, respeito aos direitos humanos e à representação sindical mexicana" diz Ricardo Jacques, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT e responsável pela realização do ato no Brasil pela UNI Américas.

Fonte: Contraf-CUT