Em nota, entidade afirma que se esta medida arbitrária obtiver êxito, a luta de todos os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras estará sob riscoOs bancos desrespeitarem os direitos dos bancários e bancárias não é novidade. Fazem isso no cotidiano de nossa profissão, nos adoecem, nos assediam, nos usam e finalmente nos demitem.
Novidade é uma entidade que carrega em seu Estatuto a atribuição de “defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas”, interferir em uma greve legal, não abusiva e justa.
Nesta Campanha Nacional dos Bancários, a OAB tem feito um esforço para se apresentar como uma entidade incompatível com a democracia e com o funcionamento do estado democrático de direito atacando o direito de greve, previsto da própria constituição que a Ordem deveria defender. Contradiz sua essência.
Descumpre radicalmente o seu papel de defender os direitos humanos ao pedir a prisão da mulher combativa como que preside o sindicato. Nenhum crime cometeu quando deliberou com os bancários e bancárias de sua base lutar contra a tentativa de reduzir os nossos salários que está sendo cometida pelos banqueiros.
Após 25 dias de uma sofrida greve, com grande adesão indignada da categoria, esperávamos que uma entidade como a Ordem dos Advogados do Brasil, em suas seccionais, estivesse cobrando dos bancos uma alternativa responsável e coerente com os altos lucros que este setor da economia recebe, para poupar a sociedade desta greve.
Lamentamos esta atitude inapropriada, repudiamos a violência nela contida e conclamamos as seccionais da OAB que peticionaram contra a legítima greve dos sindicatos para que retirem estas ações antidemocráticas.
Se esta medida arbitrária obtiver êxito, a luta de todos os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras estará sob risco.
Só a luta te garante!
Nenhum direito a menos!
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – Contraf-Cut