As entidades sindicais vão reivindicar na mesa temática esclarecimentos sobre dados do Portal de Igualdade, criado para receber currículos e divulgado pela Febraban como instrumento de inclusão, informações estas que ficaram pendentes na última reunião, que aconteceu no dia 4 de julho.
Os dirigentes sindicais também aguardam as informações sobre o direito conquistado na Convenção Coletiva de Trabalho para evitar a discriminação por orientação sexual nos bancos. "A Fenaban deve apresentar os números referentes aos casais homoafetivos, uma vez que a partir do reconhecimento da união civil é possível dar entrada nos bancos para a inclusão do companheiro ou da companheira no plano de saúde", enfatiza Andrea Vasconcelos, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.
Todas essas informações já foram solicitadas na reunião anterior, mas o banco enrolou e não apresentou nenhum dado concreto.
Formação de líderes
O movimento sindical avalia que, para combater as discriminações, é necessário desconstruir conceitos e preconceitos históricos na sociedade. O curso de formação de líderes da Febraban pode cumprir um papel importante nesta desconstrução. "Por isso, queremos contribuir com a visão do movimento sindical em relação ao tema. A própria Febraban reconhece que os sindicatos impulsionaram esse debate junto aos bancos", comenta Deise.
"Numa sociedade democrática é importante garantir as diversas visões sobre o tema da diversidade, por isso é importante a visão do movimento sindical. Os bancos que se dizem modernos devem dar uma demonstração concreta da vontade de mudança", ressalta Andréa.
Espaço conquistado
A realização de encontros trimestrais da mesa temática foi uma das conquistas da Campanha Nacional dos Bancários de 2011 e está prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), assinada entre as entidades sindicais e a Fenaban.
"A transversalidade da temática de gênero, raça e orientação sexual deve perpassar efetivamente todos os eixos da campanha nacional dos bancários e das bancárias", lembra Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
Ele lembra que várias discussões nas mesas temáticas, junto com a força da mobilização dos bancários, já resultaram em novas cláusulas na convenção coletiva. "Esperamos aprofundar os debates e abrir caminhos para construir avanços e novas conquistas econômicas e sociais para os trabalhadores e trabalhadoras desse país", projeta o dirigente sindical.
Fonte: Contraf-CUT