A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam nesta quinta-feira (1º de março, às 15h, a mesa temática de Segurança Bancária com a Fenaban, em São Paulo. Trata-se da primeira reunião em 2012.

"A expectativa dos bancários é pela apresentação da estatística de assaltos e ataques a bancos da Febraban referente a 2011", destaca Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.

O acesso aos levantamentos dos bancos foi uma das conquistas da Campanha Nacional dos Bancários de 2010, prevista no item "d" da Cláusula 31ª – Segurança Bancária – Procedimentos especiais – da Convenção Coletiva de Trabalho de 2011/2012, conforme abaixo:

"d) os dados estatísticos nacionais sobre ocorrências de assaltos e ataques, cujos roubos tenham sido consumados ou não, serão discutidos, semestralmente, até a primeira quinzena de fevereiro e até a primeira quinzena de agosto, na Comissão Bipartite de Segurança Bancária, referida na Cláusula 45ª desta Convenção."

Números anteriores da Febraban

Confira os números apresentados pela Fenaban, durante a mesa temática ocorrida em 29 de abril do ano passado:

. 2000 – 1.903
. 2001 – 1.302
. 2002 – 1.009
. 2003 – 885
. 2004 – 743
. 2005 – 585
. 2006 – 674
. 2007 – 529
. 2008 – 509
. 2009 – 430
. 2010 – 369

Segundo a Fenaban, esse levantamento inclui somente assaltos, consumados ou não, inclusive com situações de sequestros. Não estão inseridos os casos de arrombamentos, que cresceram muito nos últimos anos. Também não fazem parte os crimes de "saidinha de banco", que começam dentro das agências.

Importância das portas giratórias

"Esses números, embora muito altos, mostram uma queda nas ocorrências sobretudo após a instalação das portas giratórias de segurança com detectores de metais a partir do final dos anos 90, diante da mobilização dos bancários em todo país e da aprovação de leis municipais de várias cidades", analisa o diretor da Contraf-CUT.

"Por isso, a política de retirada dessas portas por alguns bancos, como o Itaú, é um retrocesso perigoso, anda na contramão da segurança e aumenta o risco nas agências e postos, fragilizando a proteção da vida de trabalhadores e clientes", ressalta Ademir.

Além dos dados estatísticos, os bancários pretendem definir o funcionamento e o calendário das próximas reuniões dessa mesa temática.

Renião preparatória

A Contraf-CUT promove na manhã desta quinta-feira, a partir das 9h, uma reunião do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, na sede da entidade, no centro de São Paulo, para preparar os debates com a Fenaban e discutir outros assuntos sobre segurança.

Fonte: Contraf-CUT