A Contraf-CUT, sindicatos e federações retomam nesta terça-feira, dia 6 de março, às 16h, as negociações com o Banco da Amazônia, em Belém. "Vamos cobrar do banco uma série de compromissos que constam da sentença normativa , determinada pelo TST, após o ajuizamento do dissídio coletivo pelo banco 2010. Entre eles o ponto eletrônico, o pagamento da PLR, a questão do sobreaviso, a discussão do custeio com a saúde dos empregados (CASF) e a revisão do Plano de Cargos e Salários (PCS), adianta Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.
 

Dando cumprimento à sentença normativa, o banco já apresentou proposta ao Conselho de Administração, prevendo a implantação do programa de reestruturação financeira de dívidas dos empregados, contemplando a aplicação das menores taxas de juros cobradas pela instituição financeira para cada modalidade de empréstimo (financiamento de veículos, cheque especial, empréstimo funcional).
"Outra determinação do TST que precisa ser retomada nesta mesa diz respeito ao Quadro de Apoio, de aproximadamente 300 funcionários, que se encontram congelados nesta condição. Para estes bancários não há possibilidade de ascensão funcional", critica Miguel. "Uma das medidas a ser implementada é a criação de um programa de educação continuada voltada para conclusão do ensino médio destes empregados", completa.

De acordo com o dirigente sindical, a questão do sobreaviso é outro ponto crítico da pauta. "O banco notificou oficialmente a Contraf-CUT no último dia 24 de fevereiro, afirmando não ter identificado a existência da figura de sobreaviso dentre as atividades exercidas pelos empregados do Banco da Amazônia. Vamos levar elementos que demonstram o oposto", ressalta Miguel.

Outros pontos da pauta específica serão incluídos no debate: a discussão de um novo PCCS e Capaf, cujo prazo para o interventor apresentar uma solução para o Fundo de Pensão encerra-se no próximo dia 3 de abril.

"Esperamos que após a demonstração da grande insatisfação diante de tantos problemas sem solução ao longo dos últimos anos o banco reconheça a importância de todos estes pontos e avance na resolução dos mesmos", avalia Miguel.

"Tivemos uma Campanha Salarial bastante prolongada em 2011, que se estendeu por 77 dias de greve. O banco não soube tratar dos assuntos específicos dos empregados durante todo o ano de 2011 e todas as questões de interesse dos bancários ficaram para ser tratadas no período da Campanha", critica Sérgio Trindade, funcionário do banco e coordenador da Comissão de Negociação junto ao Banco da Amazônia.

"Esperamos que neste ano, a história não se repita. Queremos que o banco avance nas questões específicas ao longo de todo ano nas mesas permanentes e vamos intensificar a mobilização para alcançá-los.", ressalta Sérgio.

Fonte: Contraf-CUT