Crédito: Gerardo Lazzari
Os representantes do banco propuseram a criação de um grupo de trabalho para avaliar e acompanhar os encaminhamentos em todos os Estados, a partir de cada federação de bancários, que deverá apresentar um diagnóstico dos problemas relacionados ao atendimento e coberturas do plano.
Com relação à necessidade de inclusão de novas coberturas ficou acertado com a direção do Bradesco que será realizada uma apresentação onde serão demonstrados todos os efeitos que a organização, divisão do trabalho e a cobrança do cumprimento de metas tem provocado na saúde psíquica dos bancários. E, a partir daí, avançar nas definições das áreas e das necessidades para as novas coberturas.
Já no plano odontológico, foi cobrada a atualização dos procedimentos como o de implante dentário e a cobertura de gastos com despesas relativas a ortodontia.
‘Queremos alternativas viáveis’
"A saúde do trabalhador em toda a sua amplitude é uma das questões mais importantes para a atuação do movimento sindical bancário, dadas as estatísticas de adoecimento e afastamentos do trabalho, principalmente por razões emocionais, que provocam desde ansiedade a depressões, síndrome do pânico e até tentativas de suicídio", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT. "A abertura desse canal de negociação e a sensibilização do banco para a resolução dos problemas é muito importante para a construção de um ambiente de trabalho saudável."
Outra exigência dos dirigentes sindicais é que o plano de saúde seja mantido durante a aposentadoria, quando a remuneração do trabalhador cai muito. "Queremos que sejam dadas alternativas viáveis aos bancários. Um plano de saúde tem custo elevado e é muito difícil mantê-lo quando se está aposentado", diz Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato de São Paulo.
A próxima rodada de negociação específica, com data a ser definida, debaterá auxílio-educação, emprego e plano de cargos, carreiras e salários (PCCS).
Combate ao assédio moral
O Instrumento de Combate ao Assédio Moral foi outro tema abordado na negociação. O banco afirmou que tem levado a sério o instrumento e chegou a citar o resultado de uma denúncia que, após checadas as informações e averiguados os fatos, resultou na reversão da demissão de um bancário. Ainda segundo a empresa, não interessa identificar o autor da denúncia de assédio e, sim, apurar o caso denunciado.
"Para que o instrumento funcione é imprescindível que o funcionário denuncie. Temos acompanhado tudo de perto e o fato de reverter demissão é uma prova de que ele é eficaz desde que os bancários se empenhem nessa luta", acrescenta Juvandia.
Fonte: Contraf-CUT, com Seeb São Paulo/Seeb São Paulo