Demora na instalação do Grupo de Trabalho e dificuldade de acesso a documentos da Caixa são os principais motivos

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou ofício, na tarde de sexta-feira (23), para a direção da Caixa reivindicando a ampliação do prazo para continuidade das discussões no Grupo de Trabalho (GT) Saúde Caixa.

O GT está previsto no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT Caixa 2020/2022) para a discussão do formato de custeio e de gestão para a assistência à saúde dos empregados (Saúde Caixa), com vistas à sua sustentabilidade econômico-financeira. Entretanto, apesar de ter sido assinado pelas partes em setembro de 2020, o GT Saúde Caixa apenas foi instalado no mês de janeiro de 2021.

“Com a demora na instalação do GT Saúde Caixa, o andamento dos debates foi comprometido, inclusive, pela tardia disponibilização do relatório com as projeções atuariais do plano aos representantes dos empregados, recebido em abril de 2021. Somado a isso, houve também o acesso dificultado pela Caixa aos dados essenciais ao aprofundamento dos trabalhos. Isso tudo levou a atrasos e, consequentemente, a prejuízos aos debates de interesse dos empregados, com um prazo pequeno para desenvolvimento dos trabalhos do GT Saúde Caixa para posterior encaminhamento aos membros da Mesa Permanente de Negociações, conforme ACT Caixa vigente”, explicou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/ Caixa).

Leonardo Quadros, integrante da CEE/ Caixa e do GT Saúde Caixa lembra que, nas últimas reuniões, se tem avançado pouco em alternativas de custeio em função da insistência dos representantes da direção do banco em aplicar um limitador de 50% para a parcela de responsabilidade da Caixa no financiamento do plano, apesar de não haver qualquer previsão em ACT para tal medida. “Sequer foram iniciadas as discussões sobre o modelo de gestão do plano, em que pese a previsão no ACT para tal feito e serem apresentadas proposições pela consultoria atuarial que assessora os representantes dos empregados. É importante lembrar também os relatos dos dirigentes das entidades representativas dos empregados que enfrentam dificuldades para a realização de reuniões nos locais de trabalho, garantidas na cláusula 45 do ACT, para tratar deste tema e de outros assuntos de interesse dos trabalhadores da Caixa.”

Fonte: Contraf-CUT