A Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) se reúnem nesta quinta-feira (8) com o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, em Brasília. Os bancários e vigilantes pretendem reforçar as principais reivindicações das categorias para o projeto de lei que cria o estatuto de segurança privada, que se encontra em fase de conclusão, visando atualizar a lei federal nº 7.102/83, hoje defasada frente à situação de violência e criminalidade no País.

"O objetivo é contribuir para a elaboração de uma proposta que traga avanços, a fim de prevenir assaltos e sequestros e proteger a vida de trabalhadores e clientes", destacou Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária. "Não aceitamos retrocessos", apontou.

Os bancários e vigilantes já participaram de várias reuniões com o Ministério da Justiça e a Polícia Federal para discutir medidas que possam reduzir os ataques a bancos e trazer segurança para a sociedade. A última ocorreu na sexta-feira (2) com a Contraf-CUT, que durou quase três horas.

"Defendemos a obrigatoriedade das portas individualizadas de segurança com detectores de metais em todas as agências e postos de atendimento, a colocação de câmeras internas e externas de monitoramento em tempo real, a afixação de vidros blindados nas fachadas, a proibição do transporte de valores pelos bancários, o fim da guarda das chaves do cofre e de agências por bancários como forma de evitar sequestros e a implantação de procedimentos que garantam a privacidade nos saques como medida para prevenir o crime da ‘saidinha de banco’, dentre outras propostas", destaca Ademir.

Os trabalhadores querem também uma audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a fim de mostrar a viabilidade das propostas. "Os cinco maiores bancos do país lucraram mais de R$ 50 bilhões no ano passado, enquanto gastaram R$ 2,6 bilhões com despesas de segurança e vigilância, o que significa uma média de 5,2% dos ganhos", aponta o diretor da Contraf-CUT.

"Os bancos têm que colocar em prática o marketing da responsabilidade social e investir muito mais em segurança", conclui o dirigente sindical.

Fonte: Contraf-CUT