Morreu nesta terça-feira 16, em São Paulo, o combatente das causas dos trabalhadores Dirceu Travesso, o Didi, ex-diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, da CUT e fundador e dirigente do CSP-Conlutas e do PSTU. Didi lutava havia cinco anos contra um câncer. O velório será a partir das 16h desta terça-feira na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192, Sé). Haverá um ato político em homenagem a ele às 20h. O corpo será cremado nesta quarta-feira às 9h, em cerimônia reservada à família.

“A Contraf-CUT lamenta profundamente a perda irreparável de tão abnegado companheiro. Didi dedicou sua vida à luta em defesa das causas dos trabalhadores. Manifestamos nossos sinceros sentimentos de pesar e solidariedade aos seus familiares, amigos e companheiros de militância sindical e política”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

Militante da classe trabalhadora, Didi foi dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo nas décadas de 1980 e final de 1990, participando da direção executiva da CUT. Deixou a Central para fundar o PSTU e a CSP-Conlutas, onde atuou até o fim dos seus dias.

História de luta

Didi nasceu em Flórida Paulista (SP) em 24 de fevereiro de 1959. Começou sua militância em 1977, na Universidade Federal de São Carlos e participou da fundação do PT e da CUT. Foi um dos fundadores do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), do qual fez parte da direção nacional. Também era membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, central sindical da qual foi um dos mentores.

Desde 1998 e mesmo doente atuava pela construção e fortalecimento da Rede Internacional de Solidariedade, que liga sindicatos de todo o mundo.

Bancário da Nossa Caixa desde 1984, chegou a ser demitido pelo governo de José Serra em maio de 2008. O Sindicato de São Paulo ingressou com ação judicial que reintegrou o bancário e dirigente sindical em setembro de 2009. Didi era caixa no Banco do Brasil.

“Um camarada que dedicou toda sua vida à causa dos trabalhadores, à luta pela revolução socialista no Brasil e em todo mundo. Um camarada de luta de todos os dias, que já está fazendo falta e de quem sentiremos saudades imensas”, disse o PSTU, em nota.

Fonte: Contraf-CUT, com Seeb São Paulo