Crédito: Gerardo Lazzari/Seeb SP
"A ratificação da Convenção 156 será uma extensão das conquistas que estão em curso, como a ampliação da licença maternidade. Isso porque nos fornece condições objetivas de viver as relações compartilhadas tanto para as tarefas domésticas, como para com o cuidados dos filhos", afirma Deise Recoaro, secretária de políticas sociais da Contraf-CUT. "O aditivo do Santander é outro exemplo recente da categoria. Há uma cláusula que permite obter licença não remunerada de 30 dias a homens e mulheres para cuidar de seus parentes", completa.
Para Deise, o abaixo-assinado, organizado em conjunto pelas entidades sindicais busca o fim da discriminação em função das responsabilidades com os filhos ou família, completa Deise.
Veja os principais pontos da Convenção 156 da OIT
A Convenção 156 da OIT protege os trabalhadores de ambos os sexos com responsabilidades familiares contra descriminações no mercado de trabalho;
O país signatário deve propor medidas que impeçam o conflito entre as responsabilidades profissionais e os encargos familiares;
A proteção é extensiva aos trabalhadores que necessitem prestar cuidados e amparo a outros membros da família direta;
A Convenção 156 determina que as responsabilidades familiares não podem, enquanto tais, constituir motivo válido para demissão;
A ratificação pelo governo brasileiro deverá trazer mudanças na legislação, permitindo uma melhor divisão de tarefas entre homens e mulheres. Com isso, os homens ganharão, por exemplo, o direito a creche para os filhos;
Para as mulheres, diminuirão os sacrifícios para a inserção e/ou devolução no mercado de trabalho;
Ao proporcionar liberdade para o exercício das responsabilidades profissionais, a Convenção 156 favorece a harmonia e a prosperidade familiar;
O instrumento reforça a luta contra as discriminações, contra a pobreza.
Fonte: Contraf-CUT