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A Contraf-CUT encaminhou nesta segunda-feira, dia 24, carta ao presidente do Grupo Santander Brasil, Fábio Barbosa, para denunciar a prática antissindical do banco espanhol ao demitir três bancários por participarem da organização de um sindicato nos Estados Unidos. A ação é uma iniciativa da UNI Finanças, seguida por entidades de trabalhadores de todo o mundo para pressionar o banco pela reintegração dos funcionários.

A carta denuncia diversos incidentes de "intimidação e retaliação" relatados por funcionários do Sovereign Bank em diversas unidades na cidade de Boston, no estado americano de Massachusetts.

Os funcionários contam que foram ameaçados de demissão se divulgassem uma carta listando suas reivindicações sobre baixos salários, problemas para receber horas extras, alto custo da assistência médica e do fato de que sindicatos de bancários serem ilegais nos Estados Unidos. O banco proibiu ainda os bancários de falar com dirigentes sindicais "em qualquer hora ou lugar – inclusive nas casas dos trabalhadores", revela a carta.

A perseguição chegou ao máximo com a demissão de três trabalhadores. Diz o documento: "Steve Crowley, que trabalhou por três anos no Sovereign Bank, foi premiado no início dessa primavera por ser um dos melhores vendedores. Uma semana depois, assinou uma carta sobre os problemas no trabalho. Poucos dias depois, foi demitido. Janice DeJusi e Gary Rozenas também foram demitidos pouco depois de serem vistos falando com seus colegas de trabalho sobre formarem um sindicato".

"A Contraf-CUT não pode aceitar esse tipo de tratamento do Santander para com seus empregados. Vamos trabalhar junto com a UNI Sindicato Global e as outras entidades filiadas para garantir que todas as medidas sejam tomadas para proteger os direitos desses colegas", afirma a carta, assinada pelo presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. "Esperamos que o Santander aja rapidamente para garantir que esses casos sejam investigados e os trabalhadores reintegrados com pagamento retroativo dos seus direitos", diz.

Acordo global

A Confederação lamenta ainda a postura do banco espanhol, manifestada em reunião com a UNI Sindicato Global, no último dia 7 de maio, quando se negou a iniciar discussões sobre um acordo global. "Continuamos comprometidos em desenvolver um relacionamento com o Santander que reflita o caráter transnacional da empresa. Estamos convencidos que um acordo global é o caminho certo para atingir esse objetivo", diz o documento da Contraf-CUT.

> Clique aqui para ler a íntegra do documento.

Fonte: Contraf-CUT

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