ContrafCast: projeto de isenção do IR revela luta de classes

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Se aprovada a isenção, cerca de 10 milhões de brasileiros não precisarão pagar imposto de renda, mas o projeto encontra resistência por ampliar a taxação para os super ricos, que hoje recolhem menos impostos que um professor

Por que um projeto tão popular como o da isenção e redução de impostos para trabalhadores encontra resistência no Congresso? Esta é a questão levantada nesta edição do ContrafCast, o podcast da Contraf-CUT, sobre o projeto de lei (PL), de autoria do governo Lula, que tramita no Congresso Nacional para isentar quem ganha até R$ 5 mil/mês do Imposto de Renda e conceder descontos para quem ganha até R$ 7 mil/mês.

Se aprovado pelos deputados e senadores, cerca de 10 milhões de brasileiros passarão a ser isentos do Imposto de Renda (IR), a partir de 2026. Entretanto, para que isso seja possível, cerca de 141 mil pessoas apenas, que recebem remuneração expressiva, acima de R$ 600 mil por ano, teriam um aumento no imposto. E esse é o ponto que causa resistência para a aprovação do PL no Congresso.


Neste episódio, a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, lembrou de um áudio vazado recentemente, do senador Ciro Nogueira (PP-PI) durante reunião com bilionários, onde o parlamentar disse que, por uma questão de popularidade, seria difícil ir contra o PL da isenção do Imposto de Renda, mas que tentaria uma articulação, dentro do Congresso, para travar a sobretaxa sobre os mais ricos.

Segundo dados do Ministério da Fazenda, atualmente o grupo de contribuintes que recebe acima de R$ 600 mil/ano (somente 141 mil pessoas no país) paga cerca de 2,5% de imposto, o mesmo que um motorista e muito menos do que um professor, um bancário ou um policial pagam de impostos, entre 6% e 10%.

“Então, a gente tem que ter muita mobilização. Temos que estar presentes nas ruas, nas redes sociais, temos que cobrar que [o deputado e o senador] aprove o projeto, amplie a isenção no andar de baixo e, no mínimo, garanta que o andar de cima pague mais imposto”, pontuou Juvandia na entrevista que foi realizada antes da Marcha da Classe Trabalhadora, em Brasília, no dia 29 de maio, e que teve entre as pautas de reivindicações a aprovação do PL da isenção.

Fonte: Contraf-CUT

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