A quase totalidade dos analistas de instituições financeiras consultados por pesquisa do BC, na última sexta-feira (3), acreditam em elevação da Selic para 12,25% ao ano, como mostra o boletim Focus divulgado na segunda-feira (6).
Para o professor de macroeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Rogério Mori, "a inflação ainda segue pressionada, embora exista perspectiva de algum alívio no curto prazo". Segundo ele, os sinais ainda apontam para um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) superior a 6% neste ano, além de a atividade econômica continuar aquecida, embora em menor ritmo.
Já o Índice do Custo de Vida (ICV) do Dieese apontou uma redução em maio. Segundo o cálculo da entidade, a taxa foi 0,04%, com redução acentuada em relação à variação de abril (0,80%), o que representa uma diferença de -0,76 pontos percentuais.
Também a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu e foi de 0,01% em maio deste ano, taxa bem inferior à registrada no mês anterior, que havia sido de 0,50%.
Nas reuniões anteriores do Copom, a Contraf-CUT manifestou posicionamento contrário à elevação da Selic, avaliando que "é um grave equívoco que comprometerá ainda mais o crescimento econômico deste ano, com implicações negativas na geração de emprego e na renda dos trabalhadores".
A definição ocorre nesta quarta-feira (8) à noite, depois da segunda rodada da reunião do Copom, que é realizada sempre em dois dias.
Fonte: Contraf-CUT com Agência Brasil