A Caixa Econômica Federal implantou recentemente um projeto piloto de um novo modelo de correspondente exclusivo para o financiamento imobiliário. Com o objetivo de dar mais agilidade à avaliação e concessão de crédito para os imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida, o banco fez contratos de correspondente bancário com as principais construtoras do país, permitindo que elas realizem parte da burocracia envolvida.

O chamado "correspondente imobiliário", no entanto, não deu grandes resultados, segundo reportagem do jornal Valor Econômico desta terça-feira, 14.

Mas essa não é a principal preocupação dos trabalhadores. "Os funcionários destes ‘correspondentes’ andam livremente nas dependências da Caixa, com acesso a espaços que deveriam ser restritos a empregados do banco. Os trabalhadores contratados diretamente pelo banco estão sujeitos a regras de sigilo bancário, probidade administrativa e outras que não necessariamente se aplicam aos funcionários dessas empresas. Isso cria potenciais problemas de segurança", alerta Plínio Pavão, secretário de Saúde da Contraf-CUT e empregado da Caixa.

Além disso, Plínio conta que essas pessoas muitas vezes são tomadas por empregados da Caixa pelos clientes do banco, o que aumenta a confusão e o risco.

"Isso traz muitos problemas, além de não atender os objetivos pretendidos, e gera ainda gastos muito altos com esses correspondentes. Nada contra os trabalhadores que realizam seu trabalho honestamente, porém é uma situação que foge ao controle. Ao invés de terceirizar o serviço, a Caixa deveria ampliar a contratação de concursados", conclui.

Fonte: Contraf-CUT com Valor Econômico

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