Engel considerou a situação fiscal do país positiva, já que a relação entre a dívida pública e o PIB está em torno de 40% e tem tendência de queda. No entanto, Engel criticou os gastos do governo. "Não é porque a situação é boa que isso quer dizer que a gente gaste bem."
A taxação da produção brasileira, em torno de 38%, faz com que o país tenha uma situação fiscal favorável, segundo o presidente do HSBC. No entanto, ele acredita que os gastos estejam muito focados no custeio da máquina pública e não em investimentos. "Temos espaço para investir mais e esse é o grande nó, o grande gargalo do crescimento do país."
Para Engel, a economia brasileira deve crescer 6,5% neste ano, e essa expansão traz riscos como inflação e a consequente elevação dos juros. A expectativa do HSBC é de que a inflação em 2010 fique em 5,7% e caia para 4,8% em 2011, e que haja mais uma elevação de ,075 ponto percentual no juro básico Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no começo de junho. A projeção do banco para o dólar é de que seja cotado a R$ 1,90 no fim do ano e R$ 1,95 ao término de 2011.
Fonte: Valor Econômico