Crédito: CUT
Movimentos sociais: desafio para colocar prioridades em prática
As temáticas dos discursos foram divididas conforme as plenárias: Direitos por Justiça Social e Ambiental; Defesa contra os Bens Comuns e contra Mercantilização; Soberania Alimentar; Energia e Indústrias Extrativistas e por fim, Trabalho: por outra economia e novos paradigmas da sociedade.
Uma manifestante americana cantou Get Up, Stand Up, música de Bob Marley, animando o público que também entoava "O povo unido, jamais será vencido" e aplaudia os fervorosos discursos.
As sínteses das propostas foram intercaladas com a apresentação de um vídeo que mostrava a luta dos movimentos sociais, inclusive da marcha do dia 20 de junho.
Direitos por Justiça Social e Ambiental
Entre os principais pontos, essa plenária destacou a urgência de mudanças por políticas públicas e estatais, diminuição as desigualdades sociais através da garantia dos direitos humanos, garantia de serviços básicos gratuitos e restritos, construção um novo paradigma de desenvolvimento que seja sustentável, participativo e não discriminatório, criação de espaços coletivos populares e descentralizados, e cumprimento por parte dos Estados de todos os tratados e convenções das organizações internacionais. Também integraram o documento a promoção do direito à mobilidade para todos através de transporte público de qualidade.
Nesse ponto, os destaques foram o combater à biopirataria, a necessidade de garantir as áreas naturais prioritárias no mundo, o direito à cidade como forma de acessar os bens comuns, a defesa da bioconstrução e da agroecologia urbana, o acesso à cultura, à comunicação e à liberdade de expressão. Assegurar a descriminalização dos movimentos sociais e abolir todos os mecanismos de privatização dos bens comuns foram as principais alternativas colocadas como solução aos problemas enfrentados pela sociedade como resultado do modelo capitalista.
Soberania Alimentar
A plenária que tratou da soberania alimentar defendeu a reforma agrária integral com fortalecimento da agricultura familiar, a autonomia dos povos, uma profunda distribuição das riquezas, o fortalecimento das cooperativas, a recuperação e valorização dos alimentos tradicionais, a defesa do ensino, pesquisa e extensão das universidades serem voltadas aos interesses da sociedade e não das empresas, o fim da violência e discriminação com as mulheres, a erradicação do trabalho infantil, além de ter abordado outras questões.
Energia e Indústrias Extrativistas
Os pontos essenciais destacados aqui foram a democratização dos acessos aos recursos energéticos e o fortalecimento das convergências sociais pela energia pública.
Já na assembleia sobre trabalho, os destaques foram a promoção de políticas públicas para desenvolver trabalho decente, iniciativas comunitárias, fortalecer a economia solidária, fazer a reforma agrária. A defesa dos bens comuns como uma resposta à mercantilização também foi outra das propostas apresentadas.
A próxima assembleia dos povos acontece nesta sexta-feira, a partir das 10h no Aterro do Flamengo. Na ocasião, os movimentos sociais divulgará a agenda de lutas para o próximo período.
Fonte: Luiz Carvalho – CUT