O comércio exterior é uma das áreas nas quais o banco estatal cresceu acima do verificado no setor privado durante o momento mais agudo da crise. No ano passado, a instituição respondeu por 35% desse crédito, ante 28% um ano antes. No período mais crítico para esse mercado, chegou a 44%.
Para o vice-presidente de Negócios Internacionais e Atacado do BB, Allan Toledo, a valorização do dólar foi um dos motivos que puxaram o aumento dessas operações em janeiro, ao lado da expectativa de recuperação das vendas para o exterior. "Houve uma melhora do câmbio, motivando os exportadores a antecipar o fechamento de câmbio e a demandar mais linhas de crédito, mas também uma retomada das exportações", afirmou.
Outras linhas voltadas ao comércio exterior, como BNDES-Exim e pré-pagamento de exportação, tiveram aumento nos desembolsos em 2009 em relação a 2008. Essa última passou de US$ 500 milhões para US$ 3 bilhões no ano passado.
A expectativa para 2010 é voltar ao patamar registrado em 2008, quando o banco desembolsou US$ 13 bilhões por meio de ACC e ACE (Adiantamento sobre Cambiais Entregues). Isso representa um crescimento de quase 20% ante o resultado de 2009, embora ainda esteja abaixo do recorde de US$ 15 bilhões de 2007.