"Entramos em 2012 e percebermos que o Banco Central continua sem coragem de enfrentar a força do sistema financeiro, mantendo o país na posição de campeão dos juros altos e favorecendo a sanha do capital especulativo e o apetite dos investidores do mercado financeiro, voltados para os lucros cada vez maiores", critica o presidente da Contraf-CUT.
Para o dirigente da Contraf-CUT, além das metas de inflação, o BC deveria fixar também metas sociais, como o aumento do emprego e da renda dos trabalhadores e a redução das desigualdades sociais do país. "As altas taxas de juros retiram dinheiro das políticas públicas que combatem as desigualdades, o que contribui para que o Brasil continue entre os dez países com pior distribuição de renda do mundo", salienta Cordeiro.
A Contraf-CUT também cobrou a redução dos juros altos cobrados pelos bancos. Segundo pesquisa da Pro-Teste, o brasileiro paga taxa média de 238% ao ano se opta pelo crédito rotativo. Na Argentina, os juros do cartão de crédito chegam a 50% ao ano. No Chile e no Peru, a taxa fica em 40% e, no México e na Venezuela, os patamares são ainda menores: 36% e 29%. Já na Colômbia, os juros são de 28,5% ao ano.
"Está mais do que na hora de discutir o papel do BC e dos bancos na sociedade brasileira", defende Cordeiro. A Contraf-CUT propõe e trabalha para viabilizar a realização da 1ª Conferência Nacional sobre o Sistema Financeiro, a exemplo de outras já promovidas, como a da Saúde, Segurança Pública e Comunicação.
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Fonte: Contraf-CUT