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O presidente da CSI, João Felicio, discursa ao lado da secretária-geral, Sharan Burrow - CUT

O presidente da CSI, João Felicio, discursa ao lado da secretária-geral, Sharan Burrow

Sindicalistas de 162 países mobilizados em solidariedade ao ex-presidente Lula  –  A Confederação Sindical Internacional (CSI) lançou nesta terça-feira, em Nova Iorque, a campanha “Estamos com Lula” (“Stand with Lula”), simultaneamente à abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Representando mais de 180 milhões de trabalhadores sindicalizados em 162 países, a CSI decidiu defender o ex-presidente das arbitrariedades judiciais de que vem sendo alvo pelos setores mais reacionários da sociedade brasileira.

Agradecendo “muito” a mobilização do conjunto do sindicalismo internacional, da central estadunidense AFL-CIO, dos movimentos sociais e ONGs representativas, o presidente da CSI, João Felicio, destacou que o “movimento da defesa de direitos e da democracia é o que dá à Confederação a expressividade que tem”.

“A coisa mais linda que o Lula fez foi inserir a população mais pobre e defender nossa soberania, projetando nosso país no cenário mundial. É raro um presidente sair do governo com 80% de ótimo e bom. E é pelo profundo preconceito da elite brasileira, da classe média alta, com a contribuição que deu para a construção da espetacular central que é a CUT e de um partido chamado PT, que eles querem cassar Lula”. “Não deixaremos o nosso companheiro ser condenado”, enfatizou o presidente da CSI. 

Ex- presidente Lula participou por vídeo-conferência.

João Felicio denunciou o golpe movido contra a presidenta Dilma Rousseff, que ao lado de Lula construiu um “projeto de ampliação do salário e do emprego decente” e alertou que “antes derrubavam governos com a força para implantar ditaduras e hoje fazem uma orquestração entre a imprensa, o judiciário e partidos sem voto que querem voltar ao poder sem passar por eleições”. Com Temer, condenou, o que está no governo é “uma visão totalmente diferente de Brasil do que vinha sendo implementado nos últimos 12 anos, um projeto que exclui o país do cenário político mundial, um projeto subordinado, que é o de uma elite econômica, não o nosso”.

Este ato aqui em Nova Iorque é um passo decisivo na campanha que lançamos no final do ano passado. Como a imprensa e as estruturas do estado brasileiro atacam Lula, são cada vez mais importantes estas manifestações fora do país e elas só tendem a crescer. Estou indo para a Índia na semana que vem, para a África do Sul e a Europa no do mês de outubro. Vamos fortalecer esta campanha e quebrar o bloqueio no Brasil”, ressaltou o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antonio Lisboa.

Segundo a secretária-geral da CSI, Sharan Burrow, o objetivo é defender o ex-presidente de abusos judiciais no Brasil e denunciar os “poderosos interesses” que tentam impedir sua livre atuação política.

Convidado a fazer uma saudação por teleconferência, o ex-presidente Lula agradeceu o empenho dos sindicalistas na campanha e condenou a tentativa de setores da imprensa e do judiciário de “amedrontar as pessoas”, com a prática “intimidatória de criminalizar pelas manchetes dos jornais”.

Fonte: CUT