No ano de 2011, grandes foram os desafios enfrentados pela CUT no tema das relações do trabalho. Particularmente, a Central se dedicou e priorizou a luta contra o projeto de terceirização (PL 4330) que estava sendo debatido na Câmara dos Deputados.


Buscando evitar que a tercerização se desse nos moldes em que estava sendo proposto pelo deputado Sandro Mabel, precarizando as condições de trabalho ao liberá-la para todas as atividades, a CUT mobilizou suas bases, fez barulho em Brasília e mostrou que qualquer decisão imposta de forma arbitrária não será aceita.

E em 2012 não vai ser diferente. "Começamos o ano na resistência contra a terceirização. A atuação da CUT e das centrais contrárias a aprovação desta proposta foi fundamental para o movimento sindical ganhar tempo e debater melhor o tema", lembra Manoel Messias, secretário de Relações do Trabalho da CUT.


Trabalho decente: disputa em 2012


Neste ano, a preparação para a Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente desde a comissão organizadora, a participação nas Conferências Estaduais, também ocuparam um espaço de destaque na agenda da CUT. 


"São espaços de extrema importância aonde através do diálogo social buscamos um caminho para modernizar as relações de trabalho no Brasil. Em 2012 acontece a etapa nacional onde passaremos pela disputa de modelo de regulação do trabalho. Garantir que os direitos da classe trabalhadora sejam respeitados é essencial", resume Messias.


"Foram estes os dois grandes focos que a Secretaria de Relações de Trabalho teve neste período. Claro que tiveram outros temas importantes também como a instalação do Conselho de Relações do Trabalho, a questão da mesa da construção civil, que são pontos específicos, mas que também abrem uma perspectiva extremamente positiva para 2012", complementa Messias.


Estrutura sindical vigente engessa ação


A atuação do movimento sindical é limitada hoje, segundo Messias, por dois problemas pontuais. Primeiro e, que está muito claro, são os limites impostos pela estrutura sindical atual, ou seja, essa pulverização de sindicatos, fragmentação e disputa na base, que no entendimento da CUT tem enfraquecido a classe trabalhadora no processo de enfrentamento com o setor patronal.


O segundo é a própria crise econômica e a postura que o governo adotou de seguir a cartilha do mercado financeiro.


"Para termos uma mudança significativa nas relações de trabalho é fundamental superarmos esse modelo de estrutura sindical vigente começando pela exclusão do imposto sindical que seria substituído por uma taxa negocial definida de forma democrática pelos próprios trabalhadores", destaca Messias.


Fonte: William Pedreira – CUT

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