O encontro de quinta-feira 13 entre as centrais sindicais e o governador Geraldo Alckmin sinalizou uma possível aproximação e diálogo do governo de São Paulo com o movimento sindical.
O governador anunciou sua pretensão de dialogar com o movimento sindical, abrindo inclusive canais de comunicação como o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do estado, que teria representantes dos trabalhadores.
"Esperamos que esse encontro, apesar de informal, traduza uma mudança de postura do governo com o movimento sindical no dia a dia. Esse diálogo já vem acontecendo com o governo federal e há tempos tentamos o mesmo relacionamento com o governo de SP, mas não tínhamos conseguido", analisa Juvândia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de SP. Osasco e região.
Mínimo estadual
Alckmin também se comprometeu em discutir o salário mínimo estadual com as centrais sindicais. Pela proposta que o governo mandará à Assembleia Legislativa, o novo valor deve ser fechado em março para começar a vigorar em abril, antecipando assim a data-base em um mês. "O governo Serra estabeleceu um valor sem ouvir os trabalhadores. Esperamos que o governo atual não faça o mesmo", ressalta Juvandia.
Os representantes da CUT falaram sobre a importância de ações na área de segurança em geral e de segurança bancária de forma específica, pontuaram a questão dos altos pedágios nas estradas estaduais, abordaram a necessidade de investimentos para manter indústrias em São Paulo e assim criar emprego e renda e da importância de medidas de incentivo à agricultura familiar.
Outra questão levantada foi a necessidade de melhorar e ampliar o transporte público, já que o morador de São Paulo chega a gastar até quatro horas para chegar ao trabalho e perde muito em qualidade de vida. "Não foram reivindicações, foram pontuações, até porque não era uma mesa de negociação, mas um encontro. Esperamos agora que essa intenção do governo se traduza em ações", completou Juvandia.
Participaram também do encontro os secretários da Casa Civil, Sidney Beraldo, e da pasta de Emprego e Relações do Trabalho, Davi Zaia, e as centrais sindicais Força Sindical, CTB, UGT, NCST, CGTB e Conlutas.
Fonte: CUT-SP com Rede Brasil Atual