Este 24 de janeiro de 2018 ficará marcado como o dia em que a Justiça brasileira rasgou a Constituição de 1988, rompeu o Estado Democrático de Direito e substituiu a convivência democrática entre os diversos segmentos da Nação pela ditadura da toga.

Sem constrangimentos, os desembargadores do Tribunal de Porto Alegre seguiram o roteiro de um julgamento de cartas marcadas, orientado por parte da elite do empresariado, da política e da mídia que nunca admitiu ter um presidente operário que ousou fazer um governo democrático e popular, com distribuição de renda e justiça social.

Tinham uma missão: impedir a candidatura de Lula e ampliar o retrocesso iniciado com o golpe de Estado de 2015. Mas é preciso deixar claro que nem o Judiciário nem a elite golpista podem substituir o povo brasileiro.

Embora estejam empenhados em destruir os direitos dos trabalhadores e de seus representantes, eles ainda não conseguiram acabar com a aposentadoria dos brasileiros. Em 2017, conseguimos barrar a aprovação da reforma da Previdência com a maior greve da história, em 28 de abril. E, vamos parar o Brasil novamente no dia  19 de fevereiro se eles insistirem em colocar em votação a reforma da Previdência.

Vamos seguir lutando pelos direitos, pela democracia e por eleições efetivamente limpas, com Lula candidato. Não sairemos das ruas.

O povo tem o direito de votar em Lula e não vai desistir disso, independentemente da decisão dos juízes de Porto Alegre. E esse foi o recado que se ouviu nas ruas de todo o país desde as primeiras horas da manhã.

Os atos que realizamos nesta quarta-feira serão ainda maiores a cada dia.

Vamos ampliar nossa mobilização em todo o País, intensificando a campanha em defesa de Lula nos Estado e municípios, com a criação de comitês pelo direito de Lula ser candidato. Nesta quinta-feira (25), será dada a largada quando o PT lançará a candidatura de Lula à Presidência.

A CUT, as centrais sindicais, os movimentos populares, os partidos progressistas, os estudantes, os artistas, os intelectuais do Brasil e dos demais países exigem o direito de Lula disputar as eleições presidenciais. E reafirmamos:

Eleição sem Lula é fraude!

Vagner Freitas, presidente da CUT