O encontro teve também a participação de membros da Infraero e da Secretaria-Geral da Presidência da República e do presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco Lemos.
Para os representantes do governo, essa limitação tem como objetivo flexibilizar e garantir liberdade para a tomada de decisões rápidas de investimentos nos aeroportos. "A solução apresentada não dará certo da mesma forma como não deu nos setores elétrico e de telecomunicações", argumenta o representante da CUT.
Ele explica que, caso o modelo apresentado seja o adotado, haverá o risco de as empresas aeroportuárias seguirem o exemplo da Light, empresa do setor elétrico que atua no Rio de Janeiro, e "atuarem apenas corretivamente, ao invés de preventivamente".
"Só que se o problema acontecer no setor aéreo, as consequências serão desastrosas", avalia. "Todos sabemos que essas terceirizações acabam servindo como jogo de empurra das responsabilidades, a exemplo do que vimos recentemente nas denúncias de atraso na entrega de malas nos aeroportos", ressaltou.
A CUT sugere que os financiamentos previstos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devam ser dirigidos à estatal. "Parte dos recursos continuarão a cargo do BNDES. Por que então não emprestá-los à Infraero?", questionou o sindicalista.
Artur Henrique elogiou a iniciativa de o governo sentar à mesa para ouvir o que os trabalhadores representantes dos setores aeroportuário, aeroviário e aeronáutico têm a dizer. "No próximo dia 11, haverá nova reunião. Manteremos nossa posição crítica a esse modelo concebido, e se continuar dessa forma usaremos todos os recursos necessários para fazer com que a Infraero seja a operadora exclusiva, detendo pelo menos 51% das ações".
A Secretaria de Aviação Civil informou que não irá se pronunciar, neste momento, sobre o assunto
Fonte: Agência Brasil