Crédito: CUT
As manifestações de rua iniciam já na próxima segunda-feira (6) com concentração a partir das 10 horas em frente à Bolsa de Valores de São Paulo contra a privatização dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília – que movimentam juntos 30% dos passageiros, 57% das cargas e 19% das aeronaves do sistema brasileiro.
"Vivemos um momento de crise nos países capitalistas centrais, o que torna necessária uma ação mais ativa do Estado no fortalecimento do mercado interno. Privatização e desnacionalização não contribuem em nada para o desenvolvimento nacional soberano, pelo contrário", reagiu Quintino.
O dirigente da CUT defende a necessidade de fortalecimento do poder de compra, com política de valorização dos salários. "Defendemos que a melhor maneira de combater os impactos negativos da crise é afirmar um projeto de valorização salarial, de geração de empregos e de garantia de direitos, com serviços públicos de qualidade à altura das necessidades da população", ressalta.
"O contrário disso é sucumbir à pauta dos derrotados, da direita, que quer privatizar, precarizar as relações de trabalho e adotar a política do ajuste fiscal, diminuindo os investimentos em políticas públicas com cortes no Orçamento e arrocho salarial dos servidores", reagiu.
Quintino também alertou para o enfrentamento com a política tucana, que busca instrumentalizar entidades para dar sustentação ao seu projeto de atraso. "O que temos visto em Minas Gerais, onde o sucessor do governo Aécio vem tentando fragilizar entidades e cooptá-las para seu projeto de desmonte do Estado é bastante simbólico. Da mesma forma, em São Paulo, temos visto a militarização do Estado pelo tucanato, que não negocia e abusa da truculência contra a população, como no recente caso do Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior paulista", alertou.
Outro ponto destacado como "essencial" pelo dirigente cutista é a mobilização por liberdade e autonomia sindical, com uma ampla campanha a partir do mês de março, que incluirá entre outras iniciativas, um plebiscito nacional.
"Queremos o fortalecimento das nossas entidades e do seu poder de negociação e mobilização, com o fim do imposto sindical e sua substituição pela contribuição negocial, aprovada democraticamente pelos trabalhadores em assembleia", frisou.
Fonte: Leonardo Severo – CUT