A CUT vai procurar o governo federal para garantir que no ano que vem o salário mínimo tenha aumento real, ou seja, acima da inflação. O aumento real não deve acontecer se for levado em consideração apenas o acordo firmado entre as centrais e o governo, que deu origem à política permanente de valorização do salário mínimo.
 

O acordo prevê reajustes baseados na soma entre a inflação do ano anterior e a variação do PIB de dois anos anteriores. Como em 2009 o PIB decresceu (-0,2%), haveria no ano que vem apenas reposição da inflação para o salário mínimo.

"Vamos pressionar para que o governo, junto com a gente, encontre uma forma de garantir aumento real em 2011. Isso vai se dar de forma excepcional. Achamos que o acordo deve ser mantido, porque é um bom acordo. Não podemos esquecer que a previsão para 2010 é que o PIB deve atingir de 6% a 7% de crescimento, e claro que vamos querer esse resultado no salário mínimo de 2012", explica o presidente da CUT, Artur Henrique. "Mas, agora, precisamos pensar numa alternativa", completa.

Para Artur, a crise econômica internacional, que afetou o desempenho do PIB no ano passado, não foi obra dos trabalhadores e, portanto, não se pode punir os assalariados. "Além disso, já estamos em outro momento, o Brasil está crescendo e já dava sinais consistentes disso no final do ano passado. Há espaço para aumento real do mínimo", avalia o dirigente.

Fonte: Agência CUT

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