Pesquisa CUT/VOX Populi divulgada nesta semana aponta que mais de 50% dos brasileiros acham que Greve Geral de 28 de abril de 2017 foi importante porque parou o Brasil e mostrou para os deputados e senadores que os trabalhadores são contra as reformas da Previdência e Trabalhista. Mais de 40 milhões de pessoas aderiram à maior greve da história do país.
A pesquisa também mostrou que a CUT e as outras centrais estão no caminho certo. Para mais de 60% dos entrevistados, manifestações, pressão nos gabinetes dos deputados e senadores e a Greve Geral são as melhores maneiras da população se manifestar contra as reformas do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB).
Apesar da imensa rejeição popular, a aprovação da Reforma Trabalhista, que pretende acabar com direitos, como por exemplo, férias, 13º e registro em carteira, avançou mais um pouco nesta terça (6). Os senadores governistas que compõem a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovaram por unanimidade a proposta da Reforma Trabalhista do relator Ricardo Ferraço (PSDB/ES).
A única opção que resta aos trabalhadores é ocupar as ruas e parar as fábricas, escolas, escritórios, enfim, parar o país para obrigar os parlamentares a ouvir a voz do povo, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas, que completa: A pesquisa CUT/Vox Populi prova que é isso que a classe trabalhadora espera de seus representantes.
“A greve geral é o instrumento que temos para dar prejuízo e pressionar os empresários que estão dando as cartas no Congresso Nacional. Os deputados e senadores que votam em acabar com férias, 13º e aposentadoria para transformar emprego em bico, votam a mando dos empresários que pagaram as eleições deles e pagam até hoje”, disse Vagner.
Agora o texto ( PLC 38/2017) passará pelas comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir para o plenário no Senado. Segundo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), o governo espera concluir a votação no Senado nas próximas semanas, para sancionar a lei ainda em junho.
Para Vagner, só há uma maneira de enfrentar essas reformas é unificar a classe trabalhadora e parar o Brasil. “Nós temos capacidade de enfrentamento e luta. Fizemos uma greve dia 28 de abril e vamos fazer uma maior ainda no próximo dia 30. É greve geral para não permitir que acabem com nossos direitos”, complementou.