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cut_menos.jpgDiário Oficial da União (DOU) publicou nesta quarta-feira (15), despacho do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, com os índices oficiais de representatividade das centrais sindicais que atenderam aos requisitos previstos na Lei 11.648/2008, que reconhece as centrais sindicais no Brasil. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fornecerá às centrais Certificados de Representatividade (CR) com os respectivos índices. Os dados oficiais registram a CUT em primeiro lugar, com 36,79% de representatividade. A liderança da CUT em relação às outras centrais certificadas está correta, mas na prática sua representatividade é muito maior.

"A CUT representa bem mais do que o índice apresentado pelo MTE", afirma Denise Motta Dau, secretária nacional de Organização da Central Única dos Trabalhadores. "Temos centenas de sindicatos, federações e confederações com muita representatividade na base, mas que ainda estão lutando pela obtenção do registro sindical. Nosso reconhecimento político vai além do registro oficial, pois independentemente dele, nossas entidades mobilizam, organizam e negociam cotidianamente em nome de milhares de trabalhadores e trabalhadoras. Isso é fruto de um projeto político de sindicalismo autônomo e democrático construído ao longo de nossa história de 25 anos de trabalho, lutas e conquistas", ressalta.

Segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho, o número de trabalhadores filiados a sindicatos no país cresceu 13% de abril a dezembro de 2008, passando de 4,285 milhões para 4,838 milhões. O número de sindicalizados à CUT foi o que mais cresceu, aumentando em 244 mil o seu número de filiados.

Para Artur Henrique, presidente nacional da CUT, esse aumento é reflexo das ações sindicais em defesa dos trabalhadores. "Os principais exemplos disso são as campanhas salariais. Se existe crescimento econômico, como houve entre 2006 e 2008, os trabalhadores conquistam maiores ganhos nas campanhas salariais, caso dos reajustes acima da inflação obtidos por 92% das categorias profissionais em 2008. Isso motiva os trabalhadores e resulta em sindicalização. Porém, em tempos de crise econômica, a tendência é que a sindicalização diminua por conta das demissões, ou seja, o trabalhador desempregado deixa de ser sócio do sindicato. Acredito que esta diminuição não venha a acontecer, já que vários setores voltaram a contratar, como o setor automobilístico e a construção civil, que começam a apresentar um aumento significativo no número de vagas", avalia.

Confira os índices de representatividade por central sindical:

– Central Única dos Trabalhadores (CUT) – 36,79%;

– Força Sindical – 13,10%;

– União Geral dos Trabalhadores (UGT) – 7,19%;

– Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) – 6,12%;

– Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) – 5,47%;

– Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) – 5,02%.

Fonte: CUT Nacional