O levantamento mostra que os homens costumam exagerar no consumo de álcool mais frequentemente. Em 2009, 28,8% dos homens e 10,4% das mulheres beberam além da conta.
Segundo a coordenadora da Vigitel, Deborah Malta, apesar do alto nível de consumo, os riscos de acidentes de trânsito, violência e doenças nem sempre são considerados por quem bebe: "O álcool está presente na cultura brasileira, associado ao lazer e à celebração".
De acordo com a Vigitel 2009, o consumo abusivo é mais frequente entre os jovens de 18 a 24 anos (23%). Na medida em que a idade avança, esse percentual diminui. De 45 a 54 anos, passa para 17%; e de 55 a 64 anos para 10,5%. Considerando apenas a população masculina, o índice do Brasil (28,8%) é superior ao do Chile (17%), dos Estados Unidos (15,7%) e da Argentina (14%).
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), os abusos no consumo de bebida alcoólica são responsáveis pela morte de 2,5 milhões de pessoas por ano em todo o mundo.
A pesquisa Vigitel é feita pelo Ministério da Saúde em conjunto com o Núcleo de Pesquisa em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (USP). Foram entrevistadas 54 mil pessoas em todo o país.
Fonte: Agência Brasil