Neste momento da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, quando o governo Bolsonaro prioriza a economia e relega a saúde e a vida da população ao segundo plano para satisfazer a sanha do capital que lhe deu suporte para chegar ao Palácio do Planalto, os trabalhadores do ramo financeiro se solidarizam com os profissionais da saúde, especialmente com os servidores do Sistema Único de Saúde, porque defender o SUS é defender a vida.
Muito mais abrangente do que a sociedade pensa, o SUS não foi organizado e colocado em funcionamento apenas para cuidar de doentes. O Sistema Único de Saúde traz em si um projeto de sociedade e um modelo de desenvolvimento que se expressam em valores civilizatórios como igualdade, democracia e emancipação. Nessa concepção, a saúde não é apenas ausência de doença, mas um valor resultante das condições de alimentação, habitação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso aos serviços de saúde.
Sempre defendido pelos movimentos sociais, sindicais e forças políticas progressistas, o SUS resistiu ao tsunami neoliberal da década de 1990, que está de volta ainda mais cruel, e a saúde como valor solidário, direito de cidadania e dever do estado nunca esteve tão ameaçada como agora.
“Estamos muito preocupados com a exposição de bancárias, bancários, clientes e usuários de serviços ao contágio pela COVID-19, em um momento que o presidente da República quer afrouxar o isolamento social em vez de promover a defesa da vida. Graças à nossa resistência, o governo ultraliberal ainda conseguiu privatizar os bancos públicos, nem acabar com o SUS, senão o povo estaria ao ‘deus dará’, sem o auxílio emergencial e sem os cuidados dos valorosos servidores do Sistema Único de Saúde. Afinal, defender as empresas públicas é defender o Brasil e defender o SUS é defender a vida!”, argumentou Lindonjhonson Almeida, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba.
Fonte: Seeb – PB