Sindicato cobra efetivação do Centro de Realocação Profissional

São Paulo – O Itaú, apesar do lucro de R$ 6,176 bilhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 19,6% em relação ao resultado apresentado no mesmo período de 2016, segue demitindo trabalhadores. Na sexta-feira 9, de uma vez só, foram demitidos 12 bancários do setor BO Cobrança Correntista e Cartões, área com cerca de 50 funcionários alocada no CAT (Centro Administrativo Tatuapé), concentração do Itaú localizada na zona leste da capital paulista.

“O Sindicato já monitorava a área devido aos indícios de que poderiam ocorrer demissões. Os rumores se confirmaram com a demissão de 12 bancários. Alguns passaram mal quando receberam a notícia. Tivemos denúncias de que a área toda seria exterminada. Ao chegar ao setor para verificar a situação, era perceptível o clima de velório: os trabalhadores que permaneceram com medo de serem relacionados entre os próximos demitidos”, relata o dirigente sindical e funcionário do Itaú Sérgio Lopes, o Serginho.

“Em reunião, cobramos do gestor da área justificativas para as demissões, que inicialmente alegou que parte dos funcionários demitidos já estavam aposentados e outros em baixa performance. Esperamos ainda uma resposta mais aprofundada do relações sindicais do CAT, com o detalhamento desses cortes. Entretanto, a cobrança do Sindicato é de que, ao invés de demitir trabalhadores, o Itaú faça a realocação desses bancários em áreas carentes de funcionários”, acrescenta.

O dirigente lembra ainda que o Centro de Realocação Profissional, conquista da Campanha Nacional 2016, que visa justamente evitar demissões, está previsto na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho).

“O Itaú preferiu não utilizar esta ferramenta, tratando os trabalhadores como meros números, descartáveis. Reivindicamos que o banco respeite seus funcionários e a CCT, dando efetividade ao Centro de Realocação Profissional. Existe falta de funcionários em várias áreas do banco. Portanto, ao invés de demitir, o banco deveria requalificar e realocar os trabalhadores”, conclui Serginho.