Campanha #VotouNãoVolta denunciou deputados que votaram a favor de medidas que prejudicam a vida do trabalhador e depois foram pedir votos para o povo. Quase metade não foi reeleito. Confira
Dos 310 deputados traidores dos trabalhadores, denunciados pela campanha da CUT “VotouNãoVolta, 143 não se reelegeram e não vão voltar para o Congresso Nacional nem para nenhum outro cargo.
Entre os políticos com histórico de boas votações em seus estados estão nomes como Eunício Oliveira (MDB-CE), presidente do Senado que já estava negociando cargo na mesa para 2019; Magno Malta (PR-ES), aliado de primeira hora do candidato de extrema-direita, Jair Bolsonaro (PSL); Romero Jucá (MDB-RO), articulador do golpe de 2016 e líder do governo de Temer; Garibaldi Alves (MDB-RN); Armando Monteiro (PTB-PE), que disputou o governo do Estado em Pernambuco; e Ana Amélia (PP-RS), que foi candidata a vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB-SP).
Já entre os deputados-empresários ou que defendem os interesses patronais e, portanto, contam com mais recursos para suas campanhas, a não reeleição do deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) foi uma surpresa. Ele foi relator da reforma Trabalhista, que piorou o texto encaminhado pelo ilegítimo, aumentando a quantidade de itens que retiraram direitos dos trabalhadores.
Outra surpresa foi a não reeleição de Arthur Maia (DEM-BA), relator da reforma da Previdência que a CUT e demais centrais sindicais conseguiram barrar depois de realizar a maior greve geral da história do país, em abril de 2017.
Quem também ficou de fora do Congresso Nacional foi Mauro Mariani (MDB-SC), traidor da classe trabalhadora que tentou uma vaga no governo do Estado e não foi eleito.
Entre os rejeitados pelas urnas está também Ronaldo Nogueira (MDB-RS), que foi ministro do Trabalho de Temer e defendeu a reforma trabalhista, argumentando que era preciso modernizar e gerar emprego. Ele chegou até a organizar uma jornada com apoio de empresários e banqueiros para comemorar um ano da nova lei trabalhista, que precarizou as condições de trabalho no país e deixou a classe trabalhadora desprotegida.
No total, 407 dos 513 deputados federais da atual legislatura disputaram a reeleição – 39 concorreram ao Senado, 11 a vice-governador em chapas majoritárias, oito a governador, oito deputados estaduais, seis suplentes ao Senado, dois tentaram a Presidência da República e 32 não foram candidatos a nenhum cargo público. Outros desistiram no meio do caminho ou tiveram suas candidaturas cassadas.
Veja lista completa abaixo:
Traidores dos trabalhadores que não se reelegeram por região
NORDESTE
Alagoas
Cícero Almeida (MDB)
Pedro Vilela (PSDB)
Beltrão (MDB)
Bahia
Lucio Vieira Lima (MDB)
Irmão Lázaro (PSC)
Tia Eron (PRB)
Antônio Imbassahy (PSDB)
Jutahy Magalhães (PSDB)
José Carlos Aleluia (DEM)
José Carlos Araújo (PR)
Benito Gama (PTB)
Erivelton Santana (Patriota)
Ceará
Adail Carneiro (Podemos)
Aníbal Gomes (Democratas)
Gorete Pereira (PR)
Paulo Henrique Lustosa (PP)
Raimundo Gomes de Matos (PSDB)
Maranhão
Alberto Filho (MDB)
José Reinaldo (PSB)
Waldir Maranhão (PSDB)
Paraíba
André Amaral (Pros) –
Benjamin Maranhão (MDB)
Manoel Junior (PSC)
Pernambuco
Bruno Araújo (PSDB)
Mendonça Filho (DEM)
Marinaldo Rosendo (PP)
Adalberto Cavalcanti (Avante)
Bentinho Gomes (PSDB)
Kaio Maniçoba (SD)
João Fernando Coutinho (PROS)
Zeca calvacanti (PTB)
Piauí
Héraclito Fortes (DEM)
Maia Filho (PP), o Mainha
Silas Freire (PR)
Paes Landim (PTB)
Rio Grande do Norte
Beto Rosado (PP)
Rogério Marinho (PSDB)
Felipe Maia (DEM)
Sergipe
André Moura (PSC) perdeu o senado
NORTE
Acre
Alan Rick (PRB)
Cesar Messias (PSB)
Amapá
Cabuçu Borges (PMDB)
Jozi Araújo (PTN)
Marcos Reategui (PSD)
Amazonas
Alfredo Nascimento (PR)
Conceição Sampaio (PP)
Marcos Rotta (PMDB)
Sabino Castelo Branco (PTB)
Pauderney Avelino (DEM)
Pará
Simone Morgado(MDB)
Arnaldo Jordy (PPS)
Júlia Marinho (PSC)
Rondônia
Carlos Magno (PP)
Valdir Raupp (MDB)
Lindomar Garçon (PRB)
Luiz Cláudio (PR)
Marinha Raupp (MDB)
Roraima
Romero Jucá (MDB)
Maria Helena (PSB);
Tocantins
Josi Nunes (PROS)
Lázaro Botelho (PP)
César Halum (PRB)
CENTRO-OESTE
Goiás
Fabio Sousa (PSDB)
Giuseppe Vecci (PSDB)
Marcos Abrão (PPS)
Brasília
Rogério Rosso (PSD)
Alberto Fraga (DEM)
Laerte Bessa (PR)
Mato Grosso
Adilton Sachetti (PRB)
Nilson Leitão (PSDB)
Ezequiel Fonseca (PP)
Valtenir Pereira (MDB)
Mato Grosso do Sul
Pedro Chaves (PRB)
Waldemir Moka (MDB)
Elizeu Dionizio (PSB)
Geraldo Resende (PSDB)
SUDESTE
Espírito Santo
Magno Malta (PR) – senador
Ricardo Ferraço (PSDB) – senador
Rose de Freitas (PODE)
Carlos Manato (PSL)
Dr.Jorge Silva (Solidariedade)
Marcus Vicente (PP)
Lelo Coimbra (MDB)
Minas Gerais
Caio Narcio (PSDB)
Marcus Pestana, (PSDB)
Saraiva Felipe (MDB)
Leonardo Quintão (MDB)
Delegado Edson Moreira (PR)
Aelton Freitas (PR)
Carlos Melles (DEM)
Raquel Muniz (PSD)
Renato Andrade (PSD)
Laudivio Carvalho (Solidariedade)
Tenente Lúcio (PSB)
Rio de Janeiro
Índio da Costa (PSD) disputou e perdeu o governo do Rio
Fransciso Floriano DEM
Pedro Paulo (PMDB)
Marco Antônio Cabral (PMDB)
Roberto Sales (PRB)
Otávio Leite (PSDB)
São Paulo
Adérmis Marini (PSDB)
Antonio Carlos Mendes Thame (PV)
Beto Mansur (MDB)
Goulart (PSD)
Izaque Silva (PSDB)
João Paulo Papa (PSDB)
Jorge Tadeu Mudalen (DEM)
Lobbe Neto (PSDB)
Luiz Lauro Filho (PSB)
Marcelo Aguiar (DEM)
Marcelo Squassoni (PRB)
Miguel Haddad (PSDB)
Milton Monti (PR)
Missionário José Olimpio (DEM)
Nelson Marquezelli (PTB)
Pollyana Gama (PPS)
Walter Ihoshi (PSD)
SUL
Rio Grande do Sul
Renato Molling (PP)
Yeda Crusius (PSDB)
Darcísio Perondi (MDB)
Jones Martins (MDB)
José Fogaça (MDB)
Ronaldo Nogueira (MDB)
Cajar Nardes (PODE)
Santa Catarina
Valdir Colato (MDB)
Ronaldo Benedet (MDB)
Marco Tebaldi (PSDB)
Paraná
Edmar Arruda (PSD)
Evandro Roman (PSD)
Reinhold Stephanes (PSD) deu a vaga para o filho, que também não se elegeu
João Arruda (MDB)
Luiz Carlos Hauly (PR)
Nelson Padovani (PR)
Alex Canziani (PTB) foi candidato ao Senado e perdeu
Alfredo Kaefer (PSL)
Osmar Bertoldi (DEM)
Takayama (PSC)
CUT-PB