Crédito: Seeb Porto Alegre
Seeb Porto Alegre Diretores do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (SindBancários) e da Federação dos Bancários de Rio Grande do Sul (Feeb/RS) se reuniram na manhã desta quinta-feira, dia 6, na Assembleia Legislativa, com o deputado Raul Pont (PT) e reforçaram o pedido para que o Centro de Suporte Operacional (CSO) do Banco do Brasil, em Porto Alegre, não seja transferido para Curitiba.

Durante o encontro, ficou combinado a realização de um ato no próximo dia 25 de agosto, às 11h, em local a ser definido nos próximos dias. Além de reunir deputados favoráveis à reivindicação, pretende contar com representantes de diversas entidades preocupadas com a possibilidade do fim das atividades da plataforma.

O CSO é responsável pela análise das operações de crédito do BB no Rio Grande do Sul. Sua transferência faz parte de uma política adotada pela direção do banco de centralizar as operações no Brasil.

A comitiva foi integrada pelos funcionários do Banco do Brasil e diretores Flávio Pastoriz, Ronaldo Zeni e e Julio Cesar Vivian, além do diretor da Feeb/RS, Elói Valdir Horst, o Melão. Eles entregaram ao deputado uma cópia da carta já enviada a diversos parlamentares e à presidência do BB alertando sobre os prejuízos que o encerramento dos serviços da plataforma irá acarretar.

"Se a decisão for mantida, o Estado corre o risco de enfrentar problemas de prazo e burocracia na análise dos pedidos, assim como a perda de aproximadamente 120 postos de trabalho, que irão para Curitiba", informou Ronaldo Zeni.

Esta decisão foi tomada durante a gestão de Lima Neto, que acabou sendo afastado por não dialogar com as políticas do Governo Central, com redução de juros e do spread bancário. "Algumas medidas a gente conseguiu derrubar e outras, como a do CSO/POA, seguem adiante e precisamos reverter isso", acrescentou Vivian.

Pastoriz informou ao deputado que uma série de contatos com políticos e com entidades representativas dos trabalhadores estão sendo feitas, visando mudar a posição anunciada pela direção do BB. "Não existem razões para não se ter um CSO em Porto Alegre, que é o corredor do Mercosul. Nossos funcionários são extremamente especializados e não podemos perdê-los", argumentou.

"O BB está muito longe daquilo que defendemos, ou seja, um banco público. No interior, por exemplo, disputa mercado como se fosse uma instituição comercial", ressaltou Melão. Ele disse ainda que hoje os projetos levam três dias para serem analisados e aprovados. "Se o CSO for para Curitiba, serão três dias apenas para o pedido chegar lá.".

O deputado disse que a Assembleia pode realizar ações com consequências bem práticas, como um ato de apoio de todas as bancadas. "Não vejo outra posição das bancadas que não seja o apoio à reivindicação dos trabalhadores do BB, que é justa", avaliou Pont.

Fonte: Seeb Porto Alegre