Crédito: Seeb Rio
Seeb Rio Oito bandidos encapuzados assaltaram na última segunda-feira, dia 16, por volta das 18 horas, a agência do Itaú no Jardim América, no Rio de Janeiro. Os ladrões roubaram dinheiro de clientes que estavam no setor de autoatendimento e usaram uma marreta para quebrar o vidro para entrar na agência.

Com a força da ação, a marreta foi parar na mesa do gerente-geral. Três bandidos renderam os dois vigilantes e seguraram o gerente, levando-o até a tesouraria, onde a gerente-operacional (GO) contava o dinheiro que seria entregue ao carro-forte.

Uma funcionária e diretora do Sindicato, que trabalha há 20 anos na unidade (desde os tempos do antigo banco Nacional) e já presenciou 12 assaltos, relata o drama vivido por ela e pelos demais bancários.

"Foi uma experiência horrível, muito traumática. Quatro caixas correram para se esconder na sala de segurança, protegida por porta blindada, onde a agência é monitorada por câmeras. Assim que eles entraram, eu deitei no chão para me proteger e acabei levando um pisão nas costas de um dos bandidos", disse ainda muito abalada.

A ação não durou mais do que cinco minutos. Foi o bastante para causar pânico e trauma nos bancários.

Denúncias feitas no ano passado

Ela lembra que desde o ano passado vem denunciando a falta de segurança na unidade, mas a direção do banco que bate recordes de lucros não tomou providências. Segundo ela, até as câmeras de monitoramento só foram colocadas bem depois das obras na agência e mesmo assim graças à pressão do Sindicato.

Os clientes também reclamam e denunciam que são comuns as "saidinhas de banco" e não há policiamento nas imediações. O banco, além de não se preocupar com a segurança dos bancários e clientes, ainda pressiona os funcionários da agência assaltada.

"Eu estava reunida com os colegas durante a consulta com um psicólogo. Debatíamos a necessidade de uma providência urgente para a proteção dos bancários e clientes. A direção do banco me assediou e pressionou, me acusando de ‘estar incitando os funcionários contra a empresa’, o que não é verdade", denuncia.

"É um direito legítimo do trabalhador exigir condições de segurança e de trabalho. De vítima de um assalto, o banco quer me tornar réu somente porque estou lutando pelos direitos da categoria", acrescenta.

Ela destaca ainda que, nesses casos, é prática comum dos bancos querer responsabilizar os bancários e muitos acabam sofrendo perseguição, assédio moral e até são demitidos.

Agência lotada

A dirigente sindical cobra ainda a contratação de mais funcionários na unidade. "A agência vive lotada e, em vez de contratar mais caixas, o banco pressiona os bancários exigindo agilidade no atendimento, o que é impossível, pois o número de empregados é insuficiente para atender a tanta gente. E o pior é que empresa alega falta de verbas para contratar mais caixas, o que é um absurdo", critica.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rio

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