Descomissionamentos em massa no BB causam indignação entre os funcionários

Primeira audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho realizada em dezembro

Primeira audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho realizada em dezembro – Na quarta-feira (1) os funcionários do BB viram se concretizarem as seríssimas consequências do processo de reestruturação feito pelo banco no final do ano passado. Foi o último dia de posses no TAO Especial-, sistema que foi criado para inscrições e seleção aos cargos que ficarem vagos em função de aposentadoria incentivada e para realocação dos funcionários que tiveram seus cargos extintos ou reduzidos, devido ao fechamento de centros de serviço e agências. O resultado foi desastroso, com centenas de casos de descomissionamentos, de reenquadramento como escriturários, em alguns casos, redução de até 70% do salário,  além de forte comoção entre o funcionalismo.

Como já havia sido denunciado pela Contraf-CUT o plano de aposentadoria e as realocações não acomodariam todos os comissionados atingidos, uma vez que haviam funções extintas e haveriam desligamentos em locais que foram pouco atingidos pelo plano de reestruturação, que afetou mais de 9 mil funcionários.

Muitos bancários se manifestaram nas redes sociais, indignados com os cortes abruptos nos salários e também pelo sofrimento imposto a eles próprios a aos colegas: “São pais e mães de família que não terão como arcar com seus aluguéis, estudantes que não terão como pagar a faculdade. Um impacto terrível, o maior ataque em décadas ao funcionalismo do BB” afirma Carlos de Souza, secretário geral da Contraf-CUT.

Segundo o dirigente, os funcionários não aceitam a desumanidade do Banco do Brasil que trata seus funcionários como números e a Contraf-CUT vai fazer a denúncia na segunda reunião com Ministério Público do Trabalho, marcada para a próxima terça-feira (7) em Brasília: “O banco ficou de apresentar nesta reunião a conclusão sobre os números e os impactos da reestruturação, vamos denunciar o descomissionamento em massa e propor uma Ação Civil Pública para garantir os direitos de todos os que foram prejudicados” afirma.

Entre outras medidas de mobilização, a Contraf-CUT também vai orientar os departamentos jurídicos de sindicatos e federações sobre possíveis medidas para defender os trabalhadores afetados pelas realocações e pelos descomissionamentos: “Os bancários do BB vão continuar mobilizados não vão descansar um só segundo na defesa destes trabalhadores, que ajudaram a construir a grandeza do banco e recebem como paga um tratamento arbitrário e desrespeitoso”, destaca Carlos Souza.

Fonte: Contraf-CUT

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