Sindicato denuncia assédio moral; funcionários saem chorando da agência – A diretoria do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região se reuniu na manhã desta quinta-feira (25) em frente à agência do Itaú, em Franco da Rocha, para denunciar a gestão do gerente local contra os funcionários. Os diretores do sindicato exibiram faixas e conversaram com funcionários, clientes e a população local.
As denúncias dão conta de que o gestor não trata com respeito membros de sua equipe. “Tem profissional que sai chorando todos os dias. Isso é grave demais. É uma humilhação’’, informou Natal Gomes, diretor do sindicato.
O presidente do sindicato, Paulo Malerba, destacou que os empregados do Itaú também estão sobrecarregados pelo trabalho. Há apenas uma unidade do banco na cidade e é insuficiente para atender a demanda, que causa filas enormes na porta da agência. “As medidas de cuidado com a Covid-19 precisam ser mantidas. No entanto, precisa de outra agência para atender de maneira mais rápida e confortável a população. No final, sofrem os funcionários e os clientes. Em uma situação como essa, o clima da agência precisa ser de harmonia e confiança entre todos, o que não ocorre atualmente”.
Assédio é maior contra mulheres
Letícia Mariano, diretora do sindicato e funcionária do Itaú, diz que o assédio moral é mais perceptível contra as mulheres. “O gestor coloca uns contra os outros, e, infelizmente, fala mais grosso com as mulheres. Elas têm sido as maiores vítimas dessa abordagem agressiva’’, disse.
A diretora lembrou que o Itaú também criou um novo sistema de metas que exige muito mais dos funcionários. “Com o GERA, as metas de vendas se tornaram ainda mais abusivas e esse gestor, para atingir as metas, abusa na cobrança, humilhando os bancários. A meta vira a desculpa de um comportamento inaceitável’’.
Para piorar o cenário na agência de Franco da Rocha, foi aberto um sistema de denúncias internas, mas o gestor usou de seu poder para se blindar. “Essa ferramenta, chamada Ombudsman, foi acionada e o gerente chamou a equipe para influenciar como eles devem responder os questionamentos da área. Isso mostra o nível do equívoco dentro da agência’’, contou Letícia.
A diretora informou ainda que, dependendo de como o gestor responder aos protestos, o clima pode melhorar ou ter novas manifestações.
Texto original do SEEB Jundiaí
Fonte: Contraf-CUT, com SEEB Jundiaí