Este ano, por conta da Pandemia da Covid-19, vamos celebrar o Dia do Trabalhador de forma diferente e pela primeira vez com atividades online através das mídias sociais.

O Sindicato dos Bancários da Paraíba fortalece a Central Única dos Trabalhadores (CUT) nesse desafio de defender a democracia, a saúde, o emprego e a renda, bem como intensificar a solidariedade aos trabalhadores formais e informais em situação precária por conta da crise.

O vírus invisível fez ver à sociedade que o estado mínimo não funciona e que o capital sem o trabalho não gera riqueza.

Mesmo assim, o governo se aproveita da crise e, em vez de cuidar da saúde de todos, governa em benefício do empresariado, retirando cada vez mais direitos da classe trabalhadora.

Editou a MP 927, conhecida como a MP da Morte, que dá carta branca às empresas para suspender o contrato de trabalho de seus funcionários por até quatro meses, sem remuneração.

Editou a MP 905, criando a carteira verde e amarela para regulamentar uma subclasse de trabalhadores sem direitos. E, além de outras maldades, amplia a jornada dos bancários de seis para oito horas e permite expediente nos bancos aos sábados, domingos e feriados.

A medida provisória caducou, mas certamente o governo está preparado outra com igual teor  ou ainda mais prejudicial para trabalhadores e trabalhadoras.

Bolsonaro tentou alterar as normas que garantem a segurança e a saúde dos trabalhadores e proteção ao meio ambiente, mas o Ministério Público do Trabalho conseguiu uma liminar para impedir absurdos, como a retirada dos riscos psicossociais da NR 17 que protege bancários e bancários do adoecimento por conta das cobranças por metas abusivas e a prática do assédio moral.

A resistência da classe trabalhadora às privatizações foi fundamental para que as conseqüências dessa pandemia não fossem ainda mais trágicas, por falta do aparato estatal.

Não teríamos o SUS para dar suporte ao atendimento médico-hospitalar, não contaríamos com o Banco do Brasil no apoio às empresas debilitadas pela crise, nem teríamos a Caixa Econômica Federal se desdobrando com seus empregados para o pagamento dos benefícios sociais.

Na defesa da classe trabalhadora, além da distribuição de alimentos e captação de recursos para matar a fome de muitos, precisamos intensificar as ações de solidariedade na defesa dos demitidos pela ganância dos patrões, que se utilizam da crise para demitir sem motivos.

Por tudo isso, vamos homenagear os heróis que prestam serviços essenciais, como os profissionais da saúde, da segurança, dos supermercados, dos postos de combustíveis e os garis. Enfim, homenagear todos os trabalhadores e trabalhadoras, inclusive aos bancários e bancárias que se expõem ao efetuar o pagamento do auxílio emergencial e outros benefícios sociais.

Salve o 1º de Maio! Salve o Dia do Trabalhador! Fora Bolsonaro!

SINDICATO DOS BANCÁRIOS DA PARAÍBA