serra_caricatura3.jpg
serra_caricatura3.jpgO DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) publicou, após a Constituinte de 1988, uma avaliação dos parlamentares, de acordo com o posicionamento deles nas votações contra ou a favor de projetos dos interesses dos trabalhadores.

O ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB a presidente da República, José Serra, foi reprovado pelo Diap ao receber nota 3,75 (variando de zero a 10). No primeiro turno da Constituinte, ele havia tirado nota 2,50 e no segundo turno levou nota 5,0, o que lhe deu nota 3,75.

A baixa nota significa que ele votou muito mais a favor do que queriam a elite dominante do poder econômico (FIESP e FEBRABAN), contrariando as justas reivindicações dos trabalhadores que votaram nele nas eleições.

O tucano votou contra ou, em outros casos, fugiu de votar, se abstendo ou faltando. Confira algumas votações:

– votou contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas;
– votou contra a estabilidade no emprego;
– negou seu voto pelo direito de greve ao servidor público(isso explica a forma ditatorial e violenta com que trata o funcionalismo quando recorre à greve);
– negou seu voto pelo abono de férias de 1/3 do salário;
– negou seu voto pelo aviso prévio proporcional;
– negou seu voto pela estabilidade do dirigente sindical;
– negou seu voto para garantir 30 dias de aviso prévio;
– negou seu voto pela garantia do salário mínimo real;
– votou contra a implantação de Comissão de Fábrica nas indústrias;
– votou contra o monopólio nacional da distribuição do petróleo.

Serra também se absteve em relação à licença paternidade e disse não à nacionalização das reservas minerais.

As notas podem ser conferidas no livro "Quem foi quem na Constituinte", publicado pelo Diap, um documento histórico para recordar de que lado esteve cada parlamentar e, assim, orientar o voto dos trabalhadores e do povo.

Fonte: Contraf-CUT com Diap

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *