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Crédito: Seeb Brasília
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A candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) escolheu o Teatro dos Bancários, na sede do Sindicato de Brasília, para lançar nesta quarta-feira (27) sua plataforma de governo para a área social. Com 13 compromissos e nove páginas, as ações propostas no documento têm como missão erradicar a miséria absoluta no país. A iniciativa reforça os projetos sociais implementados durante os quase oito anos do governo Lula.

Acompanhada dos ministros Fernando Haddad (Educação), José Gomes Temporão (Saúde), Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) e Márcia Lopes (Desenvolvimento Social), Dilma afirmou que a erradicação da miséria absoluta será a principal meta da sua gestão, caso seja eleita presidente no domingo 31, "porque um país só pode comemorar crescimento econômico quando muda para melhor a vida das pessoas."

Diante de um público de mais de mil pessoas que lotou a parte interna e externa do Teatro dos Bancários, Dilma comparou os governos Lula e FHC. A candidata destacou que a diferença entre o projeto petista, o qual ela se compromete a dar continuidade, e o dos tucanos, representado pelo candidato José Serra, é que, no caso do PT, a questão social define as prioridades da gestão e não apenas a economia é o carro-chefe.

"Para nós, a questão social não é adereço de mão. É o cerne do nosso programa de governo. Essa é uma diferença histórica entre nós e o adversário. Não existe como conceber o desenvolvimento [econômico] sem olhar como grande indicador a melhora nas condições de vida da população. Não é no PIB [Produto Interno Bruto] que olhamos se o Brasil melhorou ou não. É importante que a economia cresça, mas o indicador principal é se melhoramos as condições de vida das pessoas", frisou Dilma para uma plateia de trabalhadores, estudantes, dirigentes sindicais e militantes.

Bolsa Família

Antes do discurso da candidata à Presidência, a ministra Márcia Lopes reafirmou que um eventual governo Dilma vai ampliar o Bolsa Família, principal programa social do governo Lula, para todas as famílias e também para grupos indígenas, quilombolas e moradores de rua. "Estamos aqui para consolidar o sistema único de assistência social, erradicar a pobreza, o trabalho infantil, levando estrutura para as famílias mais carentes, assim como a expansão do Bolsa Família até para as pessoas que não têm filhos."

Além dos ministros, participaram do lançamento do Programa de Desenvolvimento Social da petista os deputados federais eleitos Erika Kokay, Geraldo Magela e Paulo Tadeu, todos do PT, o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, e o secretário de Organização da CUT nacional e ex-presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Jacy Afonso de Melo.

Compromissos para o desenvolvimento social

Confira, abaixo, os 13 compromissos para o desenvolvimento social apresentados por Dilma:

– Eliminar a pobreza absoluta do país;

– Ampliar o papel do programa Bolsa Família na erradicação da pobreza e da desigualdade de rendimentos;

-Ampliar o acesso das famílias atendidas pelo programa Bolsa Família a outras políticas públicas;

– Garantir os direitos sociais e aumentar a oferta de serviços do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) a todas as famílias;

– Consolidar o Sistema Único de Assistência Social (SUAS);

– Garantir o direito à proteção social como foco nas famílias em situação de vulnerabilidade social, aprimorando os serviços e garantindo a sua efetividade e a consequente melhoria das condições de vida da população;

– Implementar e consolidar serviços regionais inseridos no Sistemas Públicos Nacionais (SUAS E SISAN), ampliando o acesso da população em todos os municípios, incluindo a área rural e as comunidades tradicionais;

– Ampliar a oferta e melhorar a qualidade dos programas de alimentação e nutrição voltados aos que têm maior dificuldade de acesso à sua alimentação;

– Ampliar e fortalecer as estratégias de aquisição de alimentos da agricultura familiar;

– Assegurar o acesso à água potável a todas as famílias em situação de pobreza que vivem dispersas na zona rural e que não têm acesso à rede pública de abastecimento;

– Garantir às comunidades tradicionais acesso às políticas universais de Assistência Social e de Segurança Alimentar e Nutricional;

– Erradicar o trabalho infantil;

– Criar oportunidades de geração de renda para os segmentos em situação de vulnerabilidade.

Fonte: Rodrigo Couto – Seeb Brasília

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