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Audiência ocorreu ao final da marcha que reuniu 50 mil em Brasília

Depois de uma manifestação histórica, que reuniu 50 mil pessoas nesta quarta-feira (6), em Brasília, a Marcha das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais terminou com uma importante vitória dos trabalhadores: a presidenta Dilma Rousseff assinou decreto que regulamenta a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê a negociação coletiva para os servidores públicos.

Em audiência com o presidente e o secretário-geral da CUT, Vagner Freitas e Sérgio Nobre, representantes das demais centrais sindicais e o ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, a presidenta reforçou também a necessidade de se direcionar os recursos provenientes dos royalties do pré-sal para a educação e pediu o engajamento dos trabalhadores no tema. A destinação de 10% do PIB para a educação é um dos 11 itens da pauta dos trabalhadores que os dirigentes sindicais entregaram para Dilma.

Vagner considerou a audiência positiva. Segundo ele, além da Convenção 151 da OIT, o governo vai discutir duas das principais reivindicações da pauta dos trabalhadores: a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário e o fim do Fator Previdenciário.

“A presidenta entende que é possível, em negociação, construir acordos em torno disso – Convenção 151 da OIT. Quanto à regulamentação da Convenção 158 da OIT, a presidenta disse com todas as letras que a rotatividade atrapalha o país. Atrapalha, inclusive, empresários sérios. Teremos um processo de negociação em torno desses temas”, disse Vagner.

O secretário-geral da CUT comemorou o fato de a presidenta ter se comprometido também a acelerar a reforma agrária, não apenas doando terras, mas assegurando condições de trabalho aos agricultores do campo, com apoio e programas sociais.

Tanto Sérgio Nobre quanto Vagner consideram que a marcha foi um sucesso, pois, além da quantidade enorme de militantes de todo o Brasil, conseguiu abrir a negociação dos itens da pauta dos trabalhadores com o governo federal.

Fonte: CUT