Programa inclui história da luta sindical e promove ferramentas para mobilização de entidades sindicais

A Secretaria de Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizou, nesta sexta-feira (1º) e sábado (2), o Curso de Formação Sindical para Dirigentes dos sindicatos que fazem parte da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG). O evento aconteceu em Belo Horizonte e contou com a participação de dirigentes de todo o estado.

A metodologia adotada é baseada em Paulo Freire e Lev Vygotsky, com a construção do conteúdo de forma interativa. Entre os temas principais, estão o despertar da consciência de classe, com detalhes sobre o surgimento dos sindicatos; as lutas que antecederam os sindicatos no Brasil, com foco na origem da organização sindical no Brasil, o sindicalismo na Era Vargas e o enfrentamento ao golpe de 1964; trabalhadores e trabalhadoras na ditadura militar, que aborda as oposições bancárias, o surgimento da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a construção do Departamento Nacional dos Bancários (DNB); as ferramentas utilizadas ao longo da história pelo movimento dos trabalhadores; e o papel do dirigente sindical.

Como detalha o secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon, “o objetivo do Curso de Formação Sindical – Introdução à História do Movimento Sindical e Ferramentas de Luta é fornecer um amplo panorama da atuação sindical no Brasil, para que a história do movimento seja uma referência para a classe trabalhadora e para a categoria bancária, em particular”. “A formação tem um caráter estratégico para as ações de dirigentes e das entidades sindicais, e o programa da Contraf-CUT é estruturado em um processo de construção coletiva, que considera a vivência dos participantes”, concluiu.

O secretário de Formação da Fetrafi-MG, Lívio Santos e Assis, afirmou que o curso foi fundamental para relembrar que a luta é antiga. “A parte que mais impactou foi o depoimento do ex-presidente do Sindicato dos Bancários de BH e Região, na década de 1980, Marcelo D’Agostini. Ele mostrou que, se a nossa luta hoje não é fácil, as batalhas durante o regime militar, para democratizar o sindicato e toda a conjuntura, foram bem mais difíceis. Mesmo assim, conseguiram vencer. Isso nos revigora”, comentou.

Lívio ressaltou ainda que “a luta sindical é contínua, pois sempre haverá ameaças aos direitos da classe trabalhadora. No entanto, formações como esta ajudam a preparar para enfrentar os novos desafios. Vamos com mais entusiasmo nessa luta contra a desigualdade social e por melhores condições de trabalho, não só para bancárias e bancários, mas para toda a classe trabalhadora”.

Veja, a seguir, cenas do curso:

Fonte: Fetrafi-MG, com edições da Contraf-CUT

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