Os bancários de Santander e Real estarão mobilizados na luta pelo fim imediato das demissões e por garantia de emprego frente à fusão entre os dois bancos e a crise financeira internacional. Esse foi o tema prioritário dos debates do Encontro Nacional dos Dirigentes dos dois bancos, ocorrido entre os dias 9 e 11. Além da questão do emprego, os sindicalistas definiram as reivindicações e a estratégia para a mesa permanente de negociações com o banco.
Foi definida a realização de uma campanha de mídia para sensibilizar a sociedade a respeito da importância do tema das demissões. Paralelamente, uma série de mobilizações será organizada pelos sindicatos, que deverão aumentar a comunicação com os trabalhadores e repassar as principais informações sobre o processo de negociação. Foi definido o slogan "Santander: Chega de Demissões! Respeite o Brasil e os Brasileiros!", como mote para as mobilizações.
Os dirigentes também destacaram a importância de retomar as negociações a respeito da cláusula de incentivo aos bancários que estejam em estágio de pré-aposentadoria nos dois bancos.
"É um absurdo que o banco realize 400 demissões dentro de um processo de negociação que trata exatamente de buscar formas de evitar demissões decorrentes da fusão. Não existe justificativa para essa atitude", afirma Paul Stekel, diretor da Contraf/CUT e funcionário do Santander.
Negociação permanente
Os bancários decidiram retomar imediatamente o processo de negociação da PPR deste ano, que ainda não foi assinada. Ao mesmo tempo, será iniciada a discussão para a criação de uma PPR unificada para todos os trabalhadores do Santander-Real no próximo período.
Os trabalhadores também irão cobrar do banco a prorrogação do atual Aditivo à Convenção Coletiva dos bancários até a assinatura de um novo acordo. Além disso, foi reivindicada a imediata abertura das inscrições para o Auxílio Educação dos trabalhadores do Santander, uma vez que as aulas nas faculdades já estão começando. No Real, as inscrições para o auxílio educação já estão abertas.
"É fundamental que as negociações apontem para a criação de um único Aditivo para os dois bancos, legitimado pelo voto dos bancários, que estenda para todos os trabalhadores as melhores conquistas e benefícios de cada banco, como o auxílio educação do Real, que é mais amplo que o do Santander, e o subsídio para academia de ginástica", afirma Deise Recoaro, secretária de Formação da Contraf/CUT e funcionária do Real.
Fonte: Contraf/CUT