A mobilização, que marca a semana em que Lula completa 100 dias preso em Curitiba, partiu de Caruaru, no agreste pernambucano, deve percorrer mais de 150 quilômetros para terminar na próxima sexta-feira (20) em Recife com ato #LulaLivre na Praça do Derby, também conhecida como Praça da Democracia, no centro da capital. Nesta quarta-feira (18), os manifestantes devem percorrer desde as primeiras horas da manhã até a noite o trajeto entre as cidades de Pombos e Vitória de Santo Antão.
“Vejo a prisão de Lula como uma usurpação da democracia porque ele representa nossa classe trabalhadora. Lula não está preso porque roubou, mas por uma questão política”, afirmou a dirigente do MST em Pernambuco Cida Pereira, na partida da marcha.
A quase soltura do ex-presidente há pouco mais de uma semana e a trama para mantê-lo preso envolvendo autoridades jurídicas também moveu os militantes. “Apesar de ter essa idade, não posso compactuar com um país injusto que vou deixar para os meus netos e bisnetos”, afirma a aposentada Auristela Castelo Branco, de 67 anos.
Para a integrante do Levante Popular da Juventude Isa Gabriela, é a possibilidade de votar em Lula nas eleições de outubro que anima a participar da caminhada. “Dá um fio de esperança por mais que a gente saiba que esse Judiciário não quer atender ao nosso anseio, ao que esperávamos que acontecesse no domingo.”