Em um cenário de retração econômica e aumento exponencial do desemprego, os presidentes dos bancos no Brasil concentram arrecadação de verdadeiros marajás. Foi o que constatou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que orientou a divulgação dos valores dos maiores salários de presidentes de companhias brasileiras com base na decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2°Região que derrubou liminar de 2010, onde as empresas podiam omitir os gordos salários de seus presidentes.

A liminar havia sido obtida pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), que alegava que a divulgação dos valores permitiria a identificação dos executivos e representaria uma violação à privacidade e um risco à segurança. No entanto, diversas entidades do mercado financeiro, inclusive a CVM, defendiam um maior nível de transparência na divulgação das informações das empresas, incluindo os salários de seus principais executivos.

Mais de 30 empresas não divulgavam salários de seus executivos, entre elas, Bradesco, Itaú, Vale, Vivo e Shopping Iguatemi. Agora com a decisão, será possível acompanhar de perto os gordos valores que eles recebem.

Confira abaixo os valores dos salários de presidentes referentes a 2017, que correspondem à soma de todos os salários do ano, além de outras vantagens e benefícios, como bônus e participação nos lucros.

Itaú: R$ 40.918.000,00 por ano (R$ 3.409.833,33 por mês)

Santander: 29.985.549,15 por ano (R$ 2.498.795,76 por mês)

Vale: R$ 19.046.168,46 por ano (R$ 1.587.280,70 por mês)

Bradesco: R$ 15.952.500,00 por ano (R$ 1.329.375,00 por mês)

TIM: R$ 8.173.653,71 por ano (R$ 681.137,80 por mês)

Iguatemi: R$ 8.086.564,48 por ano (R$ 673.880,37 por mês)

Alpargatas: R$ 7.336.200,00 por ano (R$ 611.350,00 por mês)

Vivo: R$ 6.719.912,45 por ano (R$ 559.992,70 por mês)

 

Fonte: UOL