Movimento Sindical participa de evento, na Vila Cruzeiro, que vai capacitar as mulheres com cursos profissionalizantes e de empreendedorismo
A Caixa Econômica Federal lançou, na última sexta-feira (10) na Vila Cruzeiro, Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, o programa “Mulheres de Favela”. Com investimentos iniciais de R$16,6 milhões, o projeto vai atender nesta primeira etapa três mil mulheres de comunidades com a capacitação profissional através de cursos e oficinas, de geração de renda e empreendedorismo, inclusive com aulas de educação financeira e marketing digital, e auxiliando melhorias habitacionais e de qualidade de vida. A expectativa é a de que 300 mulheres sejam capacitadas em cada laboratório, após 45 dias de formação prática. Outras 1.500 devem participar das oficinas online e demais atividades. O projeto foi lançado também em Salvador e em Belo Horizonte.
Estiveram no encontro parlamentares, como os deputados federais Reimont (PT-RJ), Lindbergh Farias (PT-RJ) e, Benedita da Silva (PT-RJ), além de representantes do governo Lula, como a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco e a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja.
Emancipação da mulher
A presidenta da Caixa Maria Rita disse que a ideia do programa é garantir a emancipação das mulheres, porque “elas têm capacidade de mudar a realidade de sua comunidade e melhorar a vida de suas famílias”.
“Quero destacar como o poder da justiça social, dos programas sociais de um governo comprometido com a população é capaz de mudar vidas”, destacou.
Apoio às bancárias
A presidenta da Caixa Rita Serrano também aproveitou a oportunidade para conversar com sindicalistas sobre a atual situação da estatal e de seus empregados. Pelo Sindicato dos Bancários do Rio, a diretora Sônia Eymard destacou a importância social do programa lançado pelo banco.
“Este projeto viabiliza a possibilidade da mulher ser empreendedora, gerar sua renda e de sua família para que ela não fique a mercê, em muitos casos, de homens violentos, garantindo a sua emancipação”, destacou a sindicalista. Ela lembrou também que, se o banco público passa a dar às mulheres das favelas a capacidade para elas gerarem sua própria renda, as entidades sindicais também oferecem às bancárias, um programa de ajuda às funcionárias vítimas de violência doméstica com atendimento de plantão para orientar e ajudar nestes casos.
“Oferecemos as empregadas da Caixa que sofrem violência em casa um telefone de plantão para socorrer essas nossas companheiras nestes casos de grave dificuldade”, acrescentou Sônia. O telefone é (21) 98013-0042.
“Estamos fazendo ainda com que os bancos acolham as mulheres vítimas de violência, dando prioridade de home Office e condições de transferência de cidade, caso elas queiram ou necessitem como medida protetiva. Nossa Convenção Coletiva de Trabalho é a única do país que tem uma cláusula sobre esta questão e isto é fruto de décadas de luta do movimento sindical”, ressaltou.
Foi entregue ainda à Rita Serrano, um documento com reivindicações do coletivo de mulheres da Caixa.
A expectativa da categoria é a de que, com a nova gestão na Caixa, Banco do Brasil e BNDES, os trabalhadores voltem a ser ouvidos pela direção das instituições públicas.
Fonte: SeebRio / Carlos Vasconcellos