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Crédito: Seeb Rio

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Descaso. Um dos elevadores do prédio da Barroso, no Rio de Janeiro, caiu na noite da última quinta-feira, dia 15, do 17º ao 8º andar, com 13 empregados da Caixa Econômica Federal. O acidente levou todos ao desespero, muitos passaram mal e a diretora do Sindicato dos Bancários do Rio, Neuza Iorio (foto), torceu o tornozelo, tendo a perna engessada. Se a trava do elevador não tivesse evitado a queda até o poço, o caso poderia ter se transformado numa tragédia.

Neuza conta que o acidente ocorreu às 20h20, mas que os empregados só foram retirados pelos bombeiros às 22h15 porque as portas não abriam. "Saímos pelo teto, muitos passando mal, alguns com pressão alta, outros com falta de ar. Eu torci o tornozelo quando o elevador parou", conta.

Ela lembra que quase que diariamente os elevadores apresentam problemas. "Eles são muito antigos. Não param nos andares ou travam as portas, mantendo as pessoas presas", acrescenta.

Descaso

Para o diretor do Sindicato, Paulo Matileti, o acidente mostra o quanto a direção da Caixa age com descaso com os funcionários. O dirigente frisa que, desde 2004, o Sindicato e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) vêm reclamando que os elevadores são muito velhos e cobrando da Gerência de Materiais (Gimat) a troca por máquinas modernas e seguras.

A resposta da Gimat é sempre a mesma, que está em negociação com o fundo de investimento que comprou o prédio da Barroso para "modernizar" os equipamentos. "Mas fica tudo na promessa, demonstrando o descaso com a vida das pessoas. A direção da empresa faz obras de fachada mas não investe na segurança de funcionários e clientes. Será que estão esperando alguém morrer para tomar providências?", indaga.

O Sindicato solicitará uma mesa-redonda na Superintendência Regional do Trabalho (ex-DRT) e a vistoria da Gerência de Engenharia Mecânica (GEM) da RioLuz, para exigir da empresa a troca dos velhos elevadores. "Vamos denunciar, também, que quem atesta o bom estado de funcionamento dos elevadores é um empregado comum da Caixa, quando a tarefa deveria ser feita por um engenheiro", afirmou Matileti.

"Queremos ainda que a Gimat apresente um laudo técnico, na mesa-redonda, comprovando a potabilidade da água que a Caixa disponibiliza para o consumo dos empregados. "Se não forem tomadas providências imediatas, vamos convocar os funcionários para uma paralisação contra o sucateamento da Barroso", adiantou.

Fonte: Seeb Rio

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